Metodo de construção se mostrou ineficaz
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) está analisando se constrói ou não a ponte provisória da BR-116 no Rio Caí, entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis. A elevação do rio em um único final de semana de chuva, em junho, fez com que os técnicos repensassem a construção da estrutura.
O projeto de instalação da ponte provisória comecou a ser executado no final de maio, nas proximidades do km 174 da rodovia, e pretendia unir as comunidades de Sebastopol (Vila Cristina – Caxias do Sul) e São José do Caí (Nova Petrópolis). O local fica bem próximo de onde era a antiga ponte. A promessa era que a travessia, crucial para a locomoção sobretudo de moradores locais, ficaria pronta ainda em junho.
Faltando aproximadamente duas semanas para a entrega da obra, as equipes do DNIT estavam finalizando o enrocamento nas margens do rio. O serviço era essencial para que no local fosse instalada a ponte metálica, até o final de junho – pelo Exército Brasileiro. Entretanto, o nível do rio voltou a subir, com as chuvas do dia 16, levando embora grande parte do material que foi despejado no leito do rio para formar as cabeceiras de sustentação da travessia.
A conclusão é que o método construtivo escolhido pelo DNIT foi ruim.
Novo Projeto
Um relatório de engenharia entregue nesta quinta-feira (17) à Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) vai servir de base para definir se haverá ou não ponte provisória. A possibilidade em análise é mudar a dinâmica da construção.
Em resumo, a programação inicial do antigo projeto era lançar as pedras no leito do rio e concretar depois, o que não deu certo. Desta forma, foi percebido que é necessário fazer um muro de concreto e isolamento da área, por meio de uma ensecadeira, o que demanda vários meses de trabalho.
A análise do relatório mostra que o cronograma de execução das cabeceiras está quase equivalente ao prazo de entrega da ponte definitiva, que já começou a ser construída e deve ficar pronta até fevereiro de 2025.
A Ponte de Ferro de Feliz, que fica a mais de 20 quilômetros de distância de Vila Cristina, e que servia de alternativa para conectar Caxias do Sul e Nova Petrópolis, fechou para reforma na última segunda-feira, em 15 de julho. Uma última opção para moradores locais é utilizar a Ponte de Madeira (distante 13 quilômetros), em Vale Real. Esta estrutura pode ser utilizada apenas por veículos leves e o caminho percorrido pelos motoristas inclui estrada de chão batido.