O julgamento dos acusados pelos assassinatos de Vanessa Lisot e Adriano Leopold ocorre nesta terça-feira (8)
Após adiamentos e quase três anos de espera, os quatro acusados de matar Vanessa Silvestre Lisot, 37, e Adriano Camargo Leopold, 28, enfrentam júri popular em Caxias do Sul. O crime, ocorrido em 5 de abril de 2021, no distrito de Santa Lúcia do Piaí, chocou a comunidade pela brutalidade. O casal foi executado em casa, e seus corpos foram jogados de uma ribanceira.
Inicialmente, o julgamento estava previsto para setembro de 2023, mas foi adiado devido à ausência de um laudo genético essencial ao processo. A nova data foi confirmada para esta terça-feira (8), no Tribunal do Júri, após o juiz negar novo pedido de adiamento feito pela defesa dos réus.
Os quatro acusados, que estão em prisão preventiva, são julgados por homicídio triplamente qualificado: motivo torpe, promessa de recompensa e utilização de recurso que dificultou a defesa das vítimas. Segundo a acusação, o crime teria sido motivado por uma dívida que Vanessa cobrava de Rudinei Obregon dos Santos, ex-namorado dela e principal acusado. Ele teria recebido R$ 100 mil da vítima, alegando que o valor era uma doação, mas o casal o pressionava pela devolução do dinheiro.
Além das acusações de homicídio qualificado, os réus respondem por ocultação de cadáver, e um deles também é acusado de porte ilegal de arma de fogo. As penas previstas para os homicídios variam entre 12 e 30 anos de prisão.
Relembre o caso
Na noite de 5 de abril de 2021, quatro homens invadiram a casa de Vanessa Lisot e Adriano Leopold, no distrito de Santa Lúcia do Piaí, em Caxias do Sul. O casal foi rendido, e o filho de Vanessa, que estava na casa, foi trancado em um quarto. Adriano foi morto na entrada da residência, enquanto Vanessa foi forçada a deixar o local com o corpo dele no porta-malas de seu carro, um Chevrolet Ônix vermelho.
A cerca de 10 quilômetros da casa, os criminosos jogaram os corpos de uma ribanceira com aproximadamente 60 metros de altura. O carro de Vanessa foi encontrado carbonizado dias depois, na estrada de Caravaggio da 6ª Légua. Com a colaboração de Rudinei Obregon dos Santos, ex-namorado de Vanessa e apontado como mandante do crime, os corpos foram localizados em 11 de abril.
A motivação do crime, segundo as investigações, seria uma dívida de R$ 100 mil que Rudinei tinha com Vanessa, valor que teria sido emprestado enquanto eles ainda eram namorados.