Expectativa é de uma colheita superior a 38 milhões de toneladas
O Brasil caminha para uma nova marca histórica na produção de grãos, com uma estimativa de 322,4 milhões de toneladas na safra 2024/25, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Este volume representa um crescimento de 8,2% em relação à safra anterior, consolidando o país como um dos líderes globais no setor. No contexto estadual, o Rio Grande do Sul também se destaca, com previsão de uma safra recorde de 38,29 milhões de toneladas, superando o ciclo passado em 3,3%.
O desempenho gaúcho reflete tanto a recuperação climática quanto o investimento em tecnologias agrícolas. A área destinada ao cultivo de grãos no Estado deve atingir 10,49 milhões de hectares, registrando um aumento de 0,7%. A soja, principal cultura, deve alcançar 20,34 milhões de toneladas, com elevação de 3,5% na produção e 1,1% na área semeada. Esses números mantêm o Rio Grande do Sul como o terceiro maior produtor nacional da oleaginosa, atrás de Mato Grosso e Paraná.
Outro destaque é o arroz, com previsão de crescimento significativo de 15,3% na produção, alcançando 8,26 milhões de toneladas. Este avanço é atribuído ao aumento da área cultivada, que chega a 988 mil hectares, especialmente nas regiões Sul e Fronteira Oeste gaúcha. Já o trigo, referente à safra 2023/24, registrou uma recuperação expressiva na produtividade. Mesmo com uma redução de 10,6% na área plantada, a produção deve somar 4,12 milhões de toneladas, alta de 42,3%. Essa reversão é resultado das condições climáticas favoráveis durante o ciclo.
Apesar do cenário positivo, o milho apresenta uma exceção, com queda de 11,4% na produção, que deve atingir 4,3 milhões de toneladas. A redução é explicada pelo menor interesse no plantio da primeira safra, mas há expectativa de recuperação parcial com o início da semeadura de cultivos tardios em dezembro. O feijão também apresenta crescimento no Estado, com previsão de 76 mil toneladas (+6%) em uma área de 49,4 mil hectares.