Fiéis partiram em procissão de quatro paróquias da cidade e da Catedral Diocesana
As paróquias da área central de Caxias do Sul realizaram a procissão da Paixão, nesta Sexta-feira Santa (29). Fiéis partiram de quatro paróquias da cidade e da Catedral Diocesana, com lenços brancos marcados com a identidade visual dos 90 anos da Diocese de Caxias do Sul. Mais de 10 mil pessoas rezaram no ato que teve o momento marcante do encontro das imagens do Cristo Morto, da Catedral Diocesana Santa Teresa D’Ávila e de Nossa Senhora das Dores, que chegava da Paróquia de Lourdes.
Na Catedral Diocesana, a programação iniciou às 14h, no interior da igreja, com a Celebração da Paixão do Senhor, presidida pelo bispo diocesano, Dom José Gislon. O bispo e os padres se prostraram ao chão em sinal de profunda reverência ao Cristo que entregou a vida pela salvação da humanidade. Logo depois, na Liturgia da Palavra, foram refletidas leituras do Antigo e do Novo Testamento, além da meditação do Salmo 30 (31), seguida da proclamação da Paixão, conforme o Evangelho de João.
A revelação e o beijo da Cruz marcaram a celebração da Paixão, que também contou com a prece universal, que consiste em diversas invocações ao Senhor para que olhe pela humanidade, por todos os povos, pelos que creem, pelos que não creem, pelos povos que estão em guerra, pelos governantes, dentre outros. Após a distribuição da Eucaristia, teve início a procissão com o Cristo Morto.
Os fiéis que estavam na Catedral se encontraram com grupo que chegava da Paróquia São Pelegrino, tendo como símbolo a Cruz. Na sequência, pela rua Dr. Montaury, encontraram a procissão que vinha das Paróquias São Leonardo Murialdo e São Pio X, com o banner da Campanha da Fraternidade 2024 e, juntos, seguiram pela avenida Júlio de Castilhos até a rua Do Guia Lopes.
Às 14h também iniciou a Celebração da Paixão do Senhor nas Paróquias Nossa Senhora de Lourdes e Santos Apóstolos. Às 15h, ocorreu a saída da procissão de Lourdes com a imagem de Nossa Senhora das Dores pela rua Os Dezoito do Forte e, na altura da rua Pedro Tomasi, encontrou o grupo que vinha da igreja Cristo Redentor, com o estandarte da paz.
No entroncamento da rua Do Guia Lopes com a rua Sinimbu, os grupos realizaram o encontro das imagens de Nossa Senhora das Dores e do Cristo Morto. Após esse momento, todos, juntos, seguiram até a Catedral Diocesana, pela rua Sinimbu, para ouvirem a homilia de Dom José Gislon e a Oração sobre o Povo, em frente à Praça Dante Alighieri.
Em sua homilia, Dom José frisou que a Sexta-feira da Paixão é o dia do luto em toda a Igreja, mas que o sentido de vivenciar a morte de Cristo está em sua vitória. “Não existe momento e não existe situação onde não entra a cruz, que liberta e salva. Como cristãos, não pedimos para que Ele desça da cruz, mas deveríamos pedir ao Senhor para termos a força de permanecer com Ele. Na cruz, temos a manifestação de quem é Jesus. É no rosto desfigurado de Jesus na cruz, que Deus revela à humanidade o seu amor e sua misericórdia de Pai. Diante do crucificado, devemos olhar de frente a nossa cruz, iluminada por aquela de Jesus. Queremos pedir ao Senhor crucificado que suba em nossa cruz e nos dê de beber a água do seu Espírito, que nos ajuda a semear a paz, a construir a paz”, recordou.
Logo depois, com as mãos estendidas, Dom José proferiu Oração sobre o Povo, concluída com a entrada das imagens do Cristo Morto e de Nossa Senhora das Dores para o interior da Catedral, para que os fiéis pudessem realizar o beijo.
Na Catedral Diocesana, a Missa da Vigília Pascal será neste Sábado Santo, dia 30 de março, às 19h, presidida por Dom José Gislon, com a bênção da água e do fogo novo. No Domingo de Páscoa, as Missas serão celebradas às 9h, 11h e 19h.