Além dos quatro baleados, o autor dos disparos, de 45 anos, também morreu
Foi confirmada nesta quinta-feira (24) a morte do soldado Rodrigo Weber Volz, de 31 anos, um dos policiais atingidos no tiroteio ocorrido em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. Volz estava internado em estado grave na UTI do Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentos. O incidente, que abalou a cidade, eleva para cinco o número de mortos no ataque promovido por Edson Fernando Crippa, de 45 anos.
Além de Volz, que fazia parte da Brigada Militar (BM) desde 2017, o tiroteio também vitimou o policial militar Éverton Kirsch Júnior, de 31 anos, o pai do atirador, Eugênio Crippa, de 74 anos, e o irmão de Edson, Everton Crippa, de 49 anos, que chegou a ser levado ao hospital, mas não sobreviveu. Edson Fernando Crippa, o responsável pelos disparos, foi encontrado morto dentro de sua residência na manhã de quarta-feira (23), após horas de confronto com as forças de segurança. A polícia ainda não confirmou como ele morreu, mas descarta a possibilidade de suicídio. O corpo de Rodrigo Volz será velado e sepultado nesta sexta-feira (25), em Canoas. Ele deixa a esposa.
O governador Eduardo Leite lamentou o ocorrido por meio de nota, divulgada nas redes sociais:
Infelizmente, tivemos a confirmação de morte cerebral do soldado Rodrigo Weber Volz, 31 anos, que estava internado após o confronto com o criminoso que disparou contra a própria família e policiais militares em Novo Hamburgo.
— Eduardo Leite (@EduardoLeite_) October 24, 2024
Mais um herói que perdemos nessa tragédia brutal. Um…
Vítimas e feridos no ataque
O ataque deixou ainda outras vítimas gravemente feridas. O soldado João Paulo Farias Oliveira, de 26 anos, segue internado em estado crítico no Hospital Municipal de Novo Hamburgo. A mãe do atirador, Cleris Crippa, e a cunhada, Priscilla Martins, também estão em estado grave e recebem tratamento intensivo no Hospital Centenário, em São Leopoldo.
Outros feridos, como a sargento Joseane Muller, da Brigada Militar, e o guarda municipal Volmir de Souza, se recuperam, mas ainda não têm previsão de alta.
Entenda o ataque
O tiroteio teve início na noite de terça-feira (22), quando Edson Crippa, que morava com os pais no bairro Ouro Branco, entrou em confronto com a BM. Segundo relatos, o conflito começou após um desentendimento familiar. A família se preparava para uma reunião por ocasião do aniversário da matriarca, Cleris, quando o pai de Edson, Eugênio Crippa, chamou a polícia por volta das 22h, alegando ter sido maltratado pelo filho.
Pouco tempo depois da chegada dos policiais, por volta das 23h, Edson Crippa reagiu violentamente, disparando cerca de 300 tiros com pistolas de calibres 9mm e .380. Ao menos nove pessoas foram atingidas, entre familiares e agentes da segurança pública, incluindo membros da Brigada Militar e da Guarda Municipal.
O confronto se prolongou por toda a madrugada, com dois momentos de troca intensa de tiros entre Crippa e as forças de segurança. O cerco durou aproximadamente nove horas, até que a polícia conseguiu entrar na residência por volta das 8h30min de quarta-feira (23). No interior da casa, encontraram o corpo de Edson Crippa, sem sinais de que ele tenha cometido suicídio. As investigações continuam para esclarecer o momento exato e as circunstâncias de sua morte.