Sentença do crime ocorrido em novembro de 2017 foi confirmada nesta quinta (7), véspera do Dia da Mulher
Um dia antes da comemoração do dia Internacional da Mulher, um crime de grande repercussão regional foi julgado quinta-feira (7), no tribunal de júri de Flores da Cunha. O julgamento ocorreu pouco mais de cinco anos após o crime.
Na ocasião, o vigilante Osmar Kleszcz, de 49 anos, foi sentenciado a 18 anos de reclusão em regime fechado, pelo assassinato de Salete Witoslowski, 36 anos, ocorrido em 23 de novembro de 2017, em Flores da Cunha.
A sessão de júri realizada no Fórum florense, foi presidida pelo juiz Daniel da Silva Luz. A acusação ficou a cargo do promotor de justiça Stefano Lobato Kaltbach, enquanto os defensores davitos (nomeados pelo Poder Judiciário), Vinicius Ferla e Bruna Tolotti Lemos, aturam na defesa do réu. De acordo com o promotor, o vigilante foi condenado por homicídio triplamente qualificado, motivo fútil, fator surpresa e feminicídio.
“O Conselho de Sentença bem representou o pensamento social reprovando qualquer tipo de violência contra a mulher”, definiu Kalbach. O promotor destaca ainda que o Ministério Público irá avaliar se haverá ou não recurso para aumentar a pena, em vista das reconhecidas as três qualificadoras.
O CRIME
Osmar Kleszcz foi acusado de matar Salete Witoslowski após o término de seu relacionamento. O juiz entendeu que o crime foi motivado por razões fúteis, já que o acusado não aceitou o fim da relação. Salete, operadora de injetora em uma metalúrgica, foi encontrada morta dentro de seu carro, um Ford Escort, numa rua sem saída no Bairro Villagio Dei Fiori, após ficar desaparecida por 20 horas. Além disso, o juízo entendeu que o assassinato ocorreu de cruel, dificultando a defesa da vítima, e agravado pelo fato de ser direcionado à mulher apenas por seu gênero. Osmar, procurado pela polícia, se entregou quase três meses depois do crime e está cumprindo pena no sistema prisional.
**Com informações do jornalista Antônio Coloda/ Rádio Flores FM 104.9