A nota se refere a relatos de alguns usuários sobre a demora no atendimento do plantão na noite do dia 24 de abril
Ouvintes da Rádio Solaris entraram em contato com a reportagem para relatar a demora no atendimento do plantão de urgência e emergência do Hospital São José de Antônio Prado na noite do dia 24 de abril.
As pessoas optaram por não serem identificadas. A primeira ouvinte relatou que acompanhou sua mãe até o plantão por volta das 16h20min em posse de um encaminhamento de urgência da UBS de Ipê, a qual possui convênio com a instituição, e aguardou até 18h40min, não foi chamada para a consulta indo embora sem receber o atendimento.
Outro ouvinte relatou que seu filho chegou ao Hospital às 18h para atendimento e precisou realizar exames que ficaram prontos somente às 22h30min, sendo atendido novamente pelo médico do plantão somente às 1h da madrugada quando houve a troca do plantão. Segundo ele, o médico anterior estava dentro do consultório, porém neste período não atendeu nenhum paciente e nem havia superlotação de pessoas que justificasse a demora.
E uma terceira ouvinte relatou que também esteve no plantão na noite de quarta-feira (24), próximo às 21h, com seu filho, que apresentava dores abdominais e vômito, saindo somente à 1h30min.
Diante desses relatos o diretor do Hospital, Diógenes Weber foi contatado e enviou uma nota em nome da instituição. Sobre a demora no atendimento do plantão o Hospital explica que o Pronto Atendimento é destinado ao uso prioritário de Urgência e Emergência, classificados de acordo com uma triagem que segue o Protocolo de Manchester, que define o tipo e grau, classificando por cor e tempo para cada atendimento. Este processo ocorre independente do paciente ser encaminhado pelas Unidades Básicas de Saúde de ambos os municípios.
Em relação ao dia em que foi relatada a demora a nota cita que os atendimentos superaram a capacidade do Hospital, assim como tem acontecido nos últimos 12 meses. A nota cita que o Circuito Interno de Imagens foi verificado e que os atendimentos ocorreram de forma regular e que os pacientes foram chamados pelo médico e atendidos de acordo com a classificação e o tempo de espera, no dia e horários mencionados.
A reportagem também questionou sobre a possibilidade de contratação de mais um médico para atendimento no plantão e a instituição explicou que haveria a necessidade de complementação financeira para mais uma contratação, que não há profissionais na cidade para suprir esta contratação e que o hospital deixaria de atuar dentro de seu papel que é atender Urgências e Emergências, já que a referência para o primeiro atendimento são os Postos de Saúde, as Clínicas e os Consultórios Médicos.
A nota explica ainda que apesar dos pacientes terem a impressão de que o Ambulatório está calmo existe uma demanda de retaguarda como intercorrências com pacientes internados e/ou em observação e que as equipes médicas e de enfermagem precisam alimentar os sistemas do Governo do Estado, para reportar e atualizar o quadro e evolução dos pacientes caso necessitem de transferência e que essas tarefas demandam tempo, além do atendimento de Urgência e Emergência proveniente do SAMU e Bombeiros que são prioritários.
“É importante, que saibamos quando procurar o Hospital, que é para atender prioritariamente os casos de Urgência e Emergência, e dar esse enfoque é necessário para que não haja nenhuma negligência nestes casos. Pedimos a colaboração da população, para que compartilhem essas informações, evitando filas e grande tempo de espera desnecessários ao buscar o atendimento no local correto,” finaliza a nota.
Acesse a nota na íntegra aqui.