Atualmente, apenas duas profissionais cobrem 14 cidades da região em escalas de 24h
Caxias do Sul e região passam por um problema na área da segurança pública, e desta vez, a preocupação é com os profissionais da área da Perícia Criminal, do Departamento Médico Legal e do Instituto Geral de Perícias. Isso porque, o departamento que trabalha com a identificação de impressões digitais conta com apenas duas papiloscopistas para cobrir 14 cidades da região, sendo que uma dessas profissionais precisou se ausentar para realizar procedimento médico.
De acordo com informações obtidas pela reportagem da Rádio Solaris, haviam em torno de dez profissionais da área nos anos 2000, atuando em Caxias do Sul. Na época, eles trabalhavam na criminalística em escala de 24 horas, atendendo locais de crime, como furtos, roubo a residência, roubo a veículo, furtos de veículos, além de identificações pós-morte, sejam elas em ocorrências de homicídio ou suicídio. Também haviam outros cinco profissionais que atuavam no pós-identificação, fazendo a análise das impressões digitais de documentos das carteiras de identidade.
Porém, com o passar dos anos, não foi mais realizada contratação de profissionais. Todos os cinco responsáveis pela área criminalística se aposentaram, ao completarem o tempo de contribuição, e na identificação, três profissionais também se aposentaram.
Atualmente em Caxias do Sul, há apenas duas profissionais para fazer todo o serviço dos dois setores, sendo que desde o início dos anos 2000, a demanda por esse tipo de atendimento, como carteira de identidade, por exemplo, mais que dobrou, tendo em vista que este serviço era entregue em 3 dias, e atualmente leva 30 dias para ser realizado.
Embora o atendimento esteja vinculado ao TudoFácil, a parte técnica da análise das impressões digitais ainda é de competência dos profissionais do IGP. Conforme também apurado pela reportagem, já foi solicitado várias vezes que se abra concurso tanto para o atual governo do Estado quanto para os anteriores, no entanto, não houve sucesso.
Para piorar a situação, uma das profissionais fez um procedimento, portanto, hoje, há apenas uma profissional ativa, acarretando demora da emissão das carteiras de entidade, bem como o atraso na identificação, liberação dos corpos e nas perícias.
Neste último final de semana, quatro mortes violentas foram registradas apenas em Caxias do Sul, sendo que duas delas ainda não foi possível realizar a identificação.