O escorpião-amarelo é considerado um dos mais venenosos do país
A Secretaria Municipal de Saúde de São Marcos registrou, nesta semana, o primeiro caso em 2025 de ocorrência do escorpião-amarelo no município. O alerta foi emitido após um colaborador de uma empresa local ser picado pelo animal, que teria chegado em uma carga vinda de São Paulo.
Diante do fato, a equipe de Vigilância Ambiental esteve na empresa para repassar orientações sobre como proceder em situações semelhantes e reforçar as medidas preventivas e a Vigilância Epidemiológica passou orientações para o paciente e o supervisor dele durante a consulta. São Marcos já possuía registros da presença do escorpião-preto-da-Amazônia e do escorpião-marrom, sendo este o segundo caso confirmado com o escorpião-amarelo.
Conheça o escorpião-amarelo
O escorpião-amarelo é considerado um dos mais venenosos do país, com maior incidência nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. É também a espécie que mais preocupa os órgãos de saúde pública, por sua ampla distribuição e pelos hábitos domiciliares que aumentam o risco de acidentes graves e até de óbitos.
Em caso de picada, a recomendação é procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo. Sempre que possível, deve-se capturar o animal com segurança ou registrar uma foto, pois a identificação facilita o diagnóstico e o tratamento adequado.
O que não fazer
Não se deve cortar, furar, aplicar gelo, querosene, amoníaco ou outras substâncias no local da picada, tampouco ingerir bebidas alcoólicas ou utilizar garrotes. Essas práticas podem agravar o quadro clínico e dificultar o atendimento médico.
Prevenção e controle
O controle do escorpião-amarelo exige ações de limpeza e manejo ambiental, como manter terrenos, quintais e jardins limpos, sem acúmulo de entulhos, folhas secas ou lixo exposto. Como o escorpião se alimenta principalmente de baratas, combater esses insetos é uma das medidas mais eficazes para reduzir sua presença.
A preservação dos predadores naturais — especialmente aves noturnas — também auxilia no controle populacional do aracnídeo. O uso de inseticidas, por outro lado, não é recomendado, pois pode causar o desalojamento dos escorpiões e aumentar o risco de acidentes.
Cuidados importantes
:: Verificar roupas, calçados, toalhas, panos e tapetes antes de usar;
:: Manter camas e berços afastados pelo menos 10 cm das paredes;
:: Evitar que roupas de cama toquem o chão;
:: Ter atenção redobrada em locais escuros, úmidos ou com presença de baratas.
A Secretaria de Saúde reforça que a prevenção é a forma mais eficaz de evitar acidentes e orienta a população a comunicar imediatamente a Vigilância Ambiental em caso de identificação de escorpiões no perímetro urbano. Caso ver ou for picado por este bicho entre em contato com a Vigilância Epidemiológica através do contato 54 9705-8273 e a Vigilância Ambiental é (54) 9 9676-9629.