Vigilância Ambiental emitiu um alerta
Mesmo com a queda das temperaturas, a Secretaria Municipal da Saúde de Caxias do Sul reforça o alerta contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. A medida tem como base os dados do segundo Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de 2025, realizado em maio pela equipe da Vigilância Ambiental em Saúde. O estudo apontou que seis das 16 regiões do município estão em estado de alerta devido ao alto índice de infestação.
O LIRAa é uma ferramenta essencial no combate ao mosquito, realizada quatro vezes ao ano por meio de visitas sorteadas aleatoriamente por sistema informatizado em todas as regiões da cidade, incluindo bairros e distritos. O levantamento identifica a presença de larvas do Aedes aegypti e orienta ações como eliminação de criadouros, aplicação de larvicidas e mobilização da comunidade.
A metodologia do LIRAa classifica o risco de infestação em três níveis: baixo (0,0% a 0,9%), médio (1,0% a 3,9%) e alto (acima de 4,0%). Atualmente, Caxias do Sul encontra-se no nível médio, o que exige atenção contínua para evitar uma possível epidemia. As seis regiões em estado de alerta apresentam índices mais elevados, o que reforça a necessidade de vigilância em todo o município.
Entre janeiro e abril deste ano, a Vigilância Ambiental realizou 54.905 visitas de inspeção para combate ao mosquito, demonstrando o empenho dos agentes de endemias na eliminação dos criadouros. As estratégias incluem visitas domiciliares, uso de armadilhas do tipo ovitrampa, monitoramento contínuo, inclusive em períodos de baixas temperaturas, e aplicação de inseticidas de ação residual em prédios públicos.
Também estão sendo intensificadas ações de comunicação, como a circulação de carros de som com mensagens informativas nas áreas com maior incidência. Na sexta-feira (30/05), o carro de som percorreu especialmente as regiões 11 e 13 (descritas ao final da matéria). No entanto, todas as áreas em estado de alerta estão recebendo as ações mais intensificadas de combate e conscientização, que incluem eliminação de focos e orientação à população.
Mesmo com a tendência de redução de focos durante o inverno, é importante destacar que os ovos do mosquito podem sobreviver por até 450 dias em ambiente seco e voltar a se desenvolver com o retorno do calor e da água parada. Por isso, a participação da população é fundamental durante todo o ano.
Regiões com maior incidência do mosquito Aedes aegypti:
Região 13 – Centenário, Jardim Esmeralda, Linha 40, Nossa Senhora de Fátima e Pioneiro
Região 1 – Charqueadas, Desvio Rizzo e Forqueta
Região 4 – Planalto, Salgado Filho e São Vitor Cohab
Região 5 – Campos da Serra, Cruzeiro, De Zorzi, La Paloma e São Luiz da 6ª Légua
Região 9 – Centro, Cinquentenário, Nossa Senhora de Lourdes, Pio X e São Pelegrino
Região 11 – Cidade Industrial, Cidade Nova, Marechal Floriano, Mariani, Reolon e Tijuca