Nível de abstenção do primeiro turno foi maior no Brasil desde 1998
O primeiro turno das eleições movimentou eleitores do todos país que foram as urnas para escolher seus candidatos, ou melhor, quase todos. No país 20,9% dos eleitores não compareceram, o que equivale a 32 milhões de eleitores, sendo o maior índice de abstenção desde 1998, no qual 21,5% não compareceram às urnas.
Trazendo os dados para mais próximo da nossa região o estado do Rio Grande do Sul teve 19,79% de abstenção, com sua capital tendo um de seus mais altos índices 22,52%. Em Antônio Prado 13,36% dos votantes não compareceram as urnas. Em ipê o índice foi de 15,67% e em Nova Roma do Sul 12,41%.
Em contato com o Juiz Eleitoral da 6ª zona eleitoral, que contempla Ipê, Nova Roma do Sul e Antônio Prado, Nilton Filomena, o município de Antônio Prado já apresentou uma abstenção maior em outros momentos, inclusive em eleições municipais.
O voto obrigatório no Brasil teve sua obrigatoriedade estabelecida em 1932, onde todos maiores de 18 anos deveriam se regularizar e votar. Antes disso o voto era censitário, ou seja, o voto era apenas para os que detinham boa parte das economias. Com isso o voto foi estipulado obrigatório para que a população tivesse uma maior participação e que o candidato eleito tivesse uma maior representatividade.
Passado isso um dos pontos elencados como agregador para o alto índice, conforme o Juiz, é o baixo valor da multa por não votar, que hoje não chega a R$ 4,00, sendo algo plausível optar por não se dirigir as urnas.
Para o Juiz o dados da abstenção também devem levar em conta os números de voto nulos e brancos, que não influenciam votos válidos para porcentagem final. “Também temos que prestar atenção nos votos brancos e nulos, que são aqueles que reconhecem seu dever de ir a seção votar, mas lá manifestam claramente, não quero ninguém através do nulo ou pra mim tanto faz como tanto fez através do branco.”
Segundo Filomena a projeção para o segundo turno é de uma menor abstenção devido ao número de assédios eleitorais, que são colaboradores sendo constrangidos pelos seus empregadores a vir votar. Porém o mesmo não se aplica aos votos brancos e nulos.