Salário extra deve injetar quase R$ 370 bilhões na economia, segundo o Dieese
A segunda parcela do décimo terceiro salário deve ser depositada até sexta-feira (19) para cerca de 95,3 milhões de trabalhadores em todo o país. A primeira parcela foi paga até 28 de novembro, conforme prevê a legislação trabalhista.
Neste ano, o pagamento do benefício deve injetar R$ 369,4 bilhões na economia, segundo estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A média recebida por trabalhador com carteira assinada é de R$ 3.512, considerando a soma das duas parcelas.
As datas valem para trabalhadores da ativa. Já os aposentados e pensionistas do INSS tiveram o décimo terceiro antecipado: a primeira parcela foi paga entre 24 de abril e 8 de maio, e a segunda entre 26 de maio e 6 de junho.
Quem tem direito e como é feito o calculo
Têm direito ao décimo terceiro os trabalhadores com carteira assinada que tenham atuado por pelo menos 15 dias no ano, além de aposentados e pensionistas. Cada mês trabalhado por 15 dias ou mais conta como mês cheio para o cálculo do benefício.
Também recebem o pagamento trabalhadores em licença-maternidade ou afastados por doença ou acidente. Em caso de demissão sem justa causa, o valor é pago de forma proporcional junto à rescisão. Já quem é dispensado por justa causa perde o direito.
O pagamento integral é garantido a quem trabalhou os 12 meses do ano na mesma empresa. Quem trabalhou menos tempo recebe de forma proporcional, com direito a 1/12 do salário de dezembro por mês trabalhado.
Faltas injustificadas podem reduzir o valor: se o empregado faltar mais de 15 dias no mês sem justificativa, aquele período não entra no cálculo.
Os descontos de INSS e Imposto de Renda incidem apenas sobre a segunda parcela. A primeira é paga sem abatimentos. A tributação do décimo terceiro deve ser informada na declaração anual do Imposto de Renda Pessoa Física.
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