Reni Mattana foi morto em junho de 2011
Juliano dos Santos Brembatti foi condenado a 13 anos de prisão pelo assassinato do empresário Reni Mattana, natural de Flores da Cunha. O julgamento, realizado nesta quinta-feira (17) no Fórum de Caxias do Sul, durou cerca de 15 horas e marcou o desfecho de um processo que se arrastava desde 2011.
O crime ocorreu em 24 de junho daquele ano, dentro do apartamento onde a vítima mantinha um escritório no bairro Jardim América, em Caxias do Sul. Mattana morava em Flores da Cunha, mas trabalhava em Caxias. Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público, Brembatti foi ao encontro do empresário alegando que faria o pagamento parcial de uma dívida. No entanto, acabou executando a vítima com disparos de arma de fogo.
A investigação apontou que a motivação do crime foi financeira. A dívida, estimada em R$ 500 mil, estaria ligada à emissão de duplicatas simuladas por parte do réu. Para se livrar das cobranças, Brembatti teria planejado o homicídio, caracterizado como qualificado por motivo torpe e dissimulação.
Com o resultado do julgamento, o réu teve a prisão decretada imediatamente e foi encaminhado ao sistema prisional.
A promotora de Justiça Cristina Schmitt, que atuou no caso pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), afirmou que vai recorrer da decisão para buscar o aumento da pena. “Após 14 anos de espera, a família do empresário finalmente viu a justiça ser feita”, declarou.
Segundo a promotora, a presença da viúva, da filha, de familiares e amigos de Reni Mattana no plenário reforçou o impacto que o crime teve na comunidade de Flores da Cunha. “O MPRS entende que essa decisão pode oferecer algum conforto à família enlutada, que aguardou esse julgamento por 14 longos anos”, concluiu.