O ex-presidente alegou paranoia e negou tentativa de fuga
A audiência de custódia realizada na tarde deste domingo (23) confirmou a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A juíza auxiliar Luciana Yuki Fugishita Sorrentino homologou o mandado e rejeitou qualquer alegação de abuso policial. Segundo a magistrada, a detenção ocorreu dentro da legalidade.
Bolsonaro admitiu ter mexido na tornozeleira eletrônica, fato que motivou o pedido de prisão preventiva apresentado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O equipamento registrou tentativa de abertura com uso de solda na noite de sexta-feira (21), véspera da operação da Polícia Federal (PF).
A defesa tinha até 16h30min deste domingo para se manifestar sobre a violação. O caso volta ao Supremo nesta segunda-feira (24), quando a Primeira Turma analisa se mantém ou não a prisão determinada por Moraes. O ministro Flávio Dino convocou uma sessão extraordinária para o julgamento.
A PF prendeu Bolsonaro no sábado (22), após relatos de risco de fuga e mobilização de apoiadores nas proximidades da residência onde ele cumpria prisão domiciliar. A solicitação de prisão domiciliar humanitária feita pela defesa também foi rejeitada.
Condenação já transita para fase final
O ex-presidente foi condenado a 27 anos e três meses de prisão no processo da trama golpista. A Primeira Turma do STF rejeitou, na semana passada, os embargos de declaração apresentados pelos réus. O prazo para os últimos recursos termina neste domingo. Caso sejam negados, as penas podem começar a ser executadas nas próximas semanas.
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