Paralisação das escolas de gestão compartilhada atinge 50 escolas, que atendem mais de 5,5 mil crianças
O Município de Caxias do Sul, em parceria com quatro organizações sociais responsáveis pelas 50 escolas de educação infantil em modelo de gestão compartilhada, ingressou nesta terça-feira (27) com uma ação judicial no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4). O objetivo é garantir a retomada dos atendimentos na rede pública, que vêm sendo suspensos desde a última semana.
A medida busca o reconhecimento da ilegalidade e abusividade da greve iniciada pelo Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional (Senalba), deflagrada na quinta-feira (22), com duração indeterminada. A paralisação afeta diretamente cerca de 5.600 crianças matriculadas nas escolas conveniadas, comprometendo um serviço essencial para famílias que dependem das instituições de ensino infantil.
Em manifestação pública nas redes sociais, o Senalba argumenta que os educadores das creches conveniadas recebem R$ 2.519 por 40 horas semanais, enquanto professores da rede municipal ganham R$ 2.949 por 20 horas. Segundo o sindicato, “quem cuida das nossas crianças recebe menos e trabalha o dobro”, e a paralisação continua por valorização, respeito e melhores condições de trabalho.
Nesta terça, representantes da Educação Infantil de Gestão Compartilhada participaram de uma mobilização na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul, buscando apoio do Legislativo e pressionando por uma solução para o impasse.