Serviços puxam crescimento, enquanto indústria recua e comércio avança moderadamente
O desempenho da economia de Caxias do Sul avançou 2,2% em junho na comparação com maio, segundo relatório divulgado nesta terça-feira (12) pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC Caxias) e Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL). O setor de serviços puxou o crescimento, com alta de 5,1%, seguido pela indústria (0,9%) e comércio (1,2%).
Na comparação anual, entre junho de 2025 e junho de 2024, a economia registrou alta de 3,5%. Os serviços cresceram 12,3%, o comércio subiu 7,5% e a indústria apresentou retração de 2,7%. No acumulado do primeiro semestre, o setor de serviços cresceu 7,8% e o comércio, 2,4%. A Indústria recuou 3,8%, resultando em crescimento geral de 0,7% no período.
Nos últimos 12 meses, a economia local acumulou expansão de 3,7%, com destaque para os serviços (10%). Comércio (1,3%) e indústria (1%) tiveram crescimento mais moderado. No entanto, observa-se desaceleração recente, influenciada por juros elevados e incertezas macroeconômicas.
Tarciano Mélo Cardoso, diretor de Planejamento, Economia e Estatística da CIC Caxias, comenta que o desempenho reflete uma acomodação geral do país e da cidade. “Ainda não temos os efeitos das tarifas impostas pelos Estados Unidos da América, que veremos no decorrer dos meses. O principal ponto que vemos como mudança de viés no mercado são as políticas que trouxessem acomodações ou sinalizações de um estacionamento de inflação e taxas de juros”, explica.
A atividade industrial em Caxias do Sul cresceu 0,9% em junho frente a maio, influenciada por quedas nas compras (-9,3%) e vendas industriais (-4,5%). Na comparação anual, a indústria apresentou queda de 2,7%, com retrações de 22,2% nas compras e 13,4% nas vendas. A massa salarial subiu 23,9%.
No acumulado do ano, a indústria recuou 3,8%, com destaque para a queda de 15,5% nas vendas. Em 12 meses, a indústria mantém crescimento de 1%, embora fatores como juros altos e incertezas econômicas afetem a confiança empresarial e a dinâmica produtiva.
As exportações de junho cresceram 3%, enquanto as importações permaneceram estáveis, contribuindo para leve avanço no saldo da balança comercial.
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