Concessionária justificou atraso da rotatória da Lagoa Bela e disse depender de repactuação contratual com o Estado
A concessionária CSG anunciou, na noite desta terça-feira (9), que vai reforçar a sinalização e adotar outras intervenções paliativas no acesso à Lagoa Bela, em Flores da Cunha, após a sequência de acidentes registrada no trecho da ERS-122. A decisão foi comunicada em reunião na Câmara de Vereadores, que reuniu cerca de 50 moradores.
Segundo o diretor de Investimentos da companhia, Marcos Gruba, o pacote de ações deve ser executado em até um mês. “Tudo que for necessário de sinalização vamos colocar em curto prazo. Se houver necessidade de novas intervenções, até janeiro elas estarão no local”, afirmou.
Também participaram da reunião o gerente de Engenharia, Paulo Negrini, e o gerente Operacional, Marlon Carvalho.
Além de novas placas, a concessionária também se comprometeu a:
– instalar linhas transversais para induzir a redução de velocidade;
– reforçar a sinalização horizontal;
– realizar estudos de velocidade para identificar comportamento dos motoristas;
– revisar e complementar toda a sinalização existente.
Rotatória segue sem previsão
A comunidade cobrou agilidade na construção da rotatória prevista para o acesso, mas a CSG afirmou que o início da obra depende de uma repactuação contratual ainda em análise pelo Governo do Estado.
Negrini explicou que as enchentes de 2024 alteraram o cronograma de investimentos da concessionária. “Não conseguimos assumir compromisso de que a obra estará no quarto ano do contrato. Esse prazo pode ser deslocado para frente”, disse.
Ele ressaltou ainda que o projeto precisa cumprir etapas como estudos de campo, anteprojeto, projeto executivo, certificações e licenciamento ambiental. Atualmente a previsão é que a obra seja realizada apenas em 2027.
Pressão e reconhecimento
Moradores reforçaram a urgência de uma solução definitiva, mas também elogiaram ações já executadas pela CSG na ERS-122, incluindo reforço de sinalização em outros trechos da rodovia.
Negrini destacou que, embora a infraestrutura seja essencial, o comportamento dos motoristas continua sendo determinante para reduzir os acidentes. “A infraestrutura ajuda, mas o fator humano é o principal responsável pelas ocorrências”, afirmou.