País enfrenta período mais letal da temporada de monções; resgates seguem em meio a bloqueios de estradas
Mais de 300 pessoas morreram no Paquistão após dois dias de chuvas intensas que provocaram enchentes, deslizamentos de terra e desabamentos de prédios, informaram autoridades neste sábado (16). O país enfrenta o período mais letal da temporada de monções de 2025, que deve se estender até 21 de agosto.
Segundo a Autoridade Provincial de Gestão de Desastres, pelo menos 321 óbitos foram confirmados, a maioria na região montanhosa de Khyber Pakhtunkhwa. O distrito de Buner, a cerca de três horas e meia da capital Islamabad, foi o mais atingido, com 184 mortos, além de destruição em infraestrutura, plantações e pomares.
Em Shangla, 34 pessoas morreram após o desabamento do telhado de um prédio em meio às chuvas torrenciais, de acordo com o secretário-chefe provincial, Shahab Ali Shah. Em algumas localidades, moradores permanecem presos pelas águas.
Equipes civis e militares atuam em operações de resgate e limpeza de estradas bloqueadas. Acampamentos médicos estão sendo montados, enquanto famílias que perderam suas casas recebem refeições emergenciais. Máquinas pesadas foram mobilizadas para desobstruir vias.
O vice-primeiro-ministro e chanceler Ishaq Dar afirmou que o governo liberou fundos de emergência e acompanha a situação. “Nossos corações estão com as famílias que perderam entes queridos, com aqueles que ficaram feridos e com muitos cujas casas e meios de subsistência foram destruídos”, disse em comunicado.
Na sexta-feira (15), um helicóptero de resgate caiu devido ao mau tempo, deixando cinco tripulantes mortos.
As chuvas também atingem países vizinhos, como Índia e Nepal, onde foram registradas enchentes e deslizamentos na última semana.