Desse total, 28 são de Galópolis e o restante vindos de outras cidades do RS
Uma das consequências esperadas da calamidade e da destruição de boa parte de cidades do Estado é a migração. Pessoas que perderam casas, empregos, têm dificuldade de acesso à sua moradia, e optam por recomeçar se mudando para outra cidade. Caxias do Sul é uma das alternativas consideradas pelas famílias por ser a segunda maior cidade do Estado, e a capital ter sido fortemente atingida pela calamidade. Um dos termômetros dessa migração é a Central de Matrículas e a cidade já registra o movimento de famílias buscando escola para as crianças e jovens. De acordo com dados da Central, de 7 a 28 de maio, foram inscritos cerca de 100 estudantes que mudaram de endereço em função das enchentes. Desse total, 28 crianças eram de Galópolis. As demais são provenientes de outras cidades do Estado, como Arroio do Meio, Bom Jesus, Canela, Canoas, Gramado, Muçum, Novo Hamburgo, Porto Alegre, Roca Sales, São Leopoldo e Vale Real.
“Nós estamos acolhendo as famílias que estão vindo de outros municípios, enfim, a educação faz isso, ela é um setor de acolhida. Muitas dessas famílias perderam documentos, certidão de nascimento, o que é necessário para fazer a matrícula tanto na educação infantil quanto no ensino fundamental. Nós estamos aceitando, estamos acolhendo e também estamos orientando que é necessário que se tire uma segunda via nos nossos cartórios locais”, explica a secretária da Educação, Flávia Vergani.
Nesse mesmo período, de 7 a 28 de maio, o total de inscrições para matrícula feito no formulário eletrônico da SMED foi de 962. Desses, 100 são os que trocaram de endereço devido às enchentes, cerca de 70 são estrangeiros e o restante, em sua maioria, alunos que já são da rede e pediram troca de escola. Esses dados abrangem alunos do pré ao nono ano.