Rudinei Obregon dos Santos, Felipe Alves da Silva, Ricardo dos Santos Machado e Tiago Alexandre dos Santos Cassemiro serão mantidos presos até novo julgamento
Os quatro acusados pelo homicídio do casal Vanessa Silvestre Lisot, de 37 anos, e Adriano Camargo Leopold, de 28, em 2021, iriam à júri popular nesta sexta-feira (22), porém o julgamento foi cancelado. Eles irão a juri em nova data a ser definida pela Comarca de Caxias do Sul. São eles: Rudinei Obregon dos Santos, Felipe Alves da Silva, Ricardo dos Santos Machado e Tiago Alexandre dos Santos Cassemiro.
O adiamento se deve a ausência de um laudo de comparação genética nos autos do processo. Se a sessão não fosse adiada, o julgamento seria nulidado. O Instituto Geral de Perícias, responsável por fornecer esse tipo de prova, tem o prazo de 30 dias para apresentar o laudo. Após, a data do júri popular será remarcada e divulgada novamente. Os quatro réus serão mantidos presos enquanto aguardam designação da data.
Os quatro acusados serão julgados por homicídio triplamente qualificado. A primeira circunstância qualificadora é por motivo torpe, pois os crimes teriam sido cometidos em razão de a vítima estar cobrando uma dívida do acusado e ex-namorado Rudinei Obregon dos Santos, hoje com 27 anos. Também incidem as qualificadoras de promessa de recompensa e do recurso que dificultou a defesa dos ofendidos.
Além das acusações de homicídios qualificados, os quatro acusados enfrentarão a imputação de ocultação de cadáver; enquanto um deles responderá, também, por porte de arma de fogo. Para cada homicídio, as penas podem variar entre 12 e 30 anos.
RELEMBRE O CASO
O crime ocorreu em abril de 2021 e teve alta repercussão na mídia. Na época, o casal Vanessa Silvestre Lisot, de 37 anos, e Adriano Camargo Leopold, de 28, foram rendidos em casa, no distrito de Santa Lúcia do Piaí, interior de Caxias do Sul. Adriano teria sido executado na entrada da residência. Na sequência, os criminosos utilizaram o carro de Vanessa, um Ônix vermelho, para levar ela e o corpo de Adriano. Segundo a acusação, Vanessa foi morta com um tiro na cabeça e jogada de uma ribanceira de 60 metros de altura, a cerca de 10 quilômetros da casa onde morava com o filho. O corpo de Adriano foi arremessado no mesmo local.
Em 9 de abril, o carro de Vanessa foi encontrado carbonizado na estrada de Caravaggio da 6ª Légua. Com a ajuda de Rudinei Obregon dos Santos, ex-namorado da vítima, que à época confessou o crime, a equipe policial, com apoio de moradores da região, encontrou os corpos, no dia 11. Um policial chegou a ficar ferido após despencar de um penhasco, e precisou ser hospitalizada à época.
Conforme investigação da Polícia Civil, a motivação dos homicídios seria uma dívida que o mandante, Rudinei, tinha com a ex. Enquanto namorados, ela teria emprestado R$100 mil a ele. Rudinei, por sua vez, alega que o dinheiro havia sido dado a ele, sem promessa de devolução. Na época do crime, ele vinha sendo cobrado por Adriano.