Enquanto isso, as turmas de educação infantil têm aulas em um prédio improvisado, onde funcionava uma malharia
Pais e alunos aguardam a mais de dois anos pela reforma de uma escola de educação infantil no bairro Forqueta, em Caxias do Sul. Inicialmente com obras programadas até 29 de setembro de 2020, a Escola de Educação Infantil Aurora Milesi continua fechada. O educandário atendia cerca de 100 crianças, que tiveram que ser remanejadas para um prédio improvisado, onde funcionava uma antiga malharia.
Sem o espaço adequado para atividades de recreação e brincadeiras ao ar livre, pais de algumas crianças demonstram frustração pela demora nas obras da Prefeitura: “no atual lugar, as crianças não têm um espaço externo pra brincar e ficam o dia todo em uma sala fechada”. O relato é de José Eduardo Moraes, pai de uma aluna.
A escola interditada possui um gramado amplo, com parquinho, e uma área coberta em que as crianças podem brincar nos dias de chuva. Com aulas em meio turno e turno integral, os alunos seguem frequentando o prédio improvisado.
Em nota, a Prefeitura de Caxias do Sul declarou que as obras encontram-se já licitadas e que a previsão de entrega é para 2023. A nota diz ainda que a Secretaria Municipal de Educação (Smed) aguarda envio completo da documentação por parte da empresa contratada para agendamento de Ordem de Início de obra. Após o início, a empresa tem 90 dias para executar os serviços.
O investimento do município na recuperação do prédio da escola é de R$ 451.277,33.
Histórico da escola
O prédio da Aurora Milesi Rizzi foi entregue em junho de 2013 e, no ano seguinte, problemas decorrentes de vícios construtivos começaram a aparecer. Como a obra estava dentro da garantia de cinco anos, prevista em contrato, a prefeitura acionou a construtora, que não assumiu a responsabilidade pela correção das avarias.
Em agosto de 2018, a Smed providenciou a retirada emergencial do revestimento cerâmico e escoramento de parte dos acessos cobertos na escolinha, serviços no valor de cerca de R$ 23 mil.
O Município moveu uma ação judicial para recuperar o valor pago pelos serviços, uma vez que o custo deveria ser coberto pela empresa responsável pela obra. Além disso, a prefeitura também reivindica uma multa referente à quebra de contrato pela não realização desses reparos.