Número de desocupados recua para 6 milhões; crescimento da população ocupada e recorde de trabalhadores com carteira assinada puxam resultado
A taxa de desocupação no Brasil caiu para 5,6% no trimestre encerrado em agosto de 2025, informou nesta terça-feira (30) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice repetiu o menor patamar da série histórica, iniciada em 2012, e registrou queda em relação ao trimestre anterior (6,2%) e ao mesmo período de 2024 (6,6%).
O total de pessoas desocupadas chegou a 6,084 milhões, o menor contingente já registrado. Houve queda de 9% frente ao trimestre anterior, o que representa menos 605 mil pessoas, e de 14,6% em relação ao mesmo trimestre do ano passado, com menos 1 milhão de brasileiros nessa condição.
O número de ocupados chegou a 102,4 milhões de pessoas, também um recorde. No trimestre, houve aumento de 555 mil pessoas (0,5%), e no ano, de 1,9 milhão (1,8%).
A taxa composta de subutilização da força de trabalho, que inclui desempregados, pessoas que trabalham menos horas do que gostariam e aquelas que desistiram de procurar emprego, ficou em 14,1%, também a menor da série.
Outro destaque foi o aumento no número de trabalhadores formais. O setor privado registrou 39,1 milhões de empregados com carteira assinada, novo recorde histórico, com crescimento de 3,3% em um ano. Já os empregados sem carteira caíram 3,3% no mesmo período, somando 13,5 milhões.
O desalento — pessoas que desistiram de procurar trabalho por falta de perspectivas — atingiu 2,7 milhões de brasileiros, queda de 13,7% no ano e menor nível desde 2016.
Apesar da melhora no mercado de trabalho, a taxa de informalidade ainda alcança 38% da população ocupada, o que corresponde a 38,9 milhões de trabalhadores.