Obra vai ser financiada pela iniciativa privada e deve ficar na Praça da Estação
O Monumento dos 150 Anos da Imigração Italiana no Rio Grande do Sul foi oficialmente apresentado nesta terça-feira (8) durante a Reunião-Almoço (RA) da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias), que contou com a palestra de José Galló, ex-presidente das Lojas Renner.
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A iniciativa integra a programação da entidade alusiva ao sesquicentenário da chegada dos imigrantes italianos ao Estado. A obra será erguida na Praça da Estação e deve ser instalada ainda este ano.
Assinado pelo arquiteto e designer Renato Sólio, o monumento foi concebido como uma homenagem à coragem, ao trabalho e ao legado das famílias italianas que, desde 1875, ajudaram a moldar a identidade, a cultura e o desenvolvimento econômico da região.
Na abertura do evento, o presidente da CIC Caxias, Celestino Oscar Loro, destacou o empenho da entidade em liderar essa ação de reconhecimento histórico. “O monumento celebra a coragem, o trabalho e o legado de uma comunidade que moldou nossa forma de empreender, de viver e de se relacionar com o futuro”, afirmou.
Durante a RA, foi formalizada a cedência do projeto ao município. A assinatura simbólica contou com a presença do prefeito Adiló Didomenico, de Celestino Loro e do próprio arquiteto Renato Sólio.
Empresas e famílias interessadas em apoiar a construção do monumento podem contribuir financeiramente e terão seus nomes eternizados na estrutura. A campanha de apoio está aberta, e todas as informações sobre como participar estão disponíveis no site oficial.
Sobre a obra
Com 30 metros de extensão e seis metros de altura, o monumento será formado por 150 tubos de aço — número que remete aos 150 anos da imigração italiana no Rio Grande do Sul. O projeto foi desenvolvido ao longo de diversas discussões no âmbito da CIC Caxias, especialmente junto ao Núcleo de Turismo, com o objetivo de marcar de forma perene esse ano tão significativo.
Segundo Renato Sólio, a obra representa visualmente o crescimento da cidade ao longo do tempo. “A proposta traduz um desenvolvimento contínuo. A cidade se desenvolveu nesses 150 anos, e agora nós encontramos, no início do monumento, a presença de um casal de imigrantes. Na outra extremidade, a representação da sociedade atual, simbolizando o momento em que vivemos”, explicou.
O traçado do monumento, em planta baixa, tem o formato do símbolo do infinito, uma escolha que reforça a ideia de continuidade e legado. O uso do aço — referência ao polo metalmecânico da Serra Gaúcha — e do concreto, material que transmite permanência, completa a proposta estética e conceitual da obra.