Dia 25 de julho é lembrado o Dia do Colono e do Motorista
Moradores da comunidade de São João, no interior de Flores da Cunha, Gentil e Celestina Scopel trabalharam a vida toda na roça. Celestina, hoje com 70 anos, conta que aprendeu com os pais, desde que tinha 10 anos, a trabalhar com agricultura. O casal, que tem uma filha que mora na cidade, conta que, além de cultivar milho, feijão, mandioca e feijão, ainda cuida de vacas, terneiros, galinhas, cachorros e gatos.
“Já me fizeram proposta de trabalhar em empresa, mas eu não aceitei. Eu me criei aqui, eu gosto de trabalhar na colônia, graças a Deus eu tô com saúde e posso trabalhar” explica Gentil, orgulhoso de suas raízes e de sua trajetória.
Pra quem trabalha com lavoura e pecuária pouco falta na cozinha. “Mandioca tenho pra arrancar, feijão tenho de sobra, só falta arroz, açúcar e farinha de trigo. Se eu quero matar uma galinha ou um gado eu posso, eu tenho” conta Gentil Scopel.
O agricultor conta que lidar com a terra é sinônimo de saúde e sua esposa não só concorda com a afirmação do marido, como também cita a sua mãe, que viveu até os 101 anos, e seguia lidando com a vida de interior, molhando as plantas, colhendo suas hortaliças e lavando roupa. “A gente não pode ficar parado, tem que trabalhar, eu tenho 70 anos e quero aguentar trabalhar mais 30 anos”, conta ela.
Celestina é enfática ao dizer “eu não troco a minha terra por dinheiro nenhum, eu nasci na roça e quero morrer na roça”. Junto à equipe de reportagem, seu Gentil fez questão de mostrar as suas mãos calejadas. São a prova do esforço diário que exige a lida do campo.
Gentil e Celestina se complementam um ao outro com um questionamento final: “Se todo mundo vai morar na cidade o pessoal da cidade vai comer o que?” Tal indagação só reforça a importância do agricultor, e de todos os colonos.
