Medida foi tomada devido a falta de recursos
Desde o dia 1 de agosto de 2025, todos os controladores de velocidade instalados nas rodovias
federais brasileiras foram desativados por falta de recursos orçamentários para manter o Programa Nacional de Controle Eletrônico de Velocidade (PNCV).
A decisão atinge 47 mil quilômetros de estradas monitoradas pelo sistema e preocupa especialistas em segurança viária.
Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a paralisação é consequência do corte de 88% no orçamento destinado à fiscalização eletrônica. Para manter os contratos ao longo do ano, seriam necessários R$ 364 milhões, mas a Lei Orçamentária Anual liberou apenas R$ 43,3 milhões. Com suplementações e restos a pagar, o valor chegou a R$ 79,6 milhões, insuficiente para cobrir as despesas até dezembro.
A Associação Brasileira das Empresas de Engenharia de Tráfego (Abeetrans) já alertou que entrará na Justiça caso os radares não sejam religados. De acordo com a entidade, os equipamentos são essenciais para conter o excesso de velocidade, principal fator de mortalidade nas estradas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O desligamento compromete também as metas do Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (PNATRans), que prevê reduzir em 50% as mortes no trânsito até 2030.