O fiilhote foi resgatado em uma propriedade rural extremamente desidratado, prostrado e com endo e ectoparasitas
O zoologico da Universidade de Caxias do Sl (UCS) tem um novo visitante desde a última semana: um filhote de gato-maracajá (Leopardus wiedii), resgatado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura – SEMA/RS. O felino selvagem está sendo acolhido pela instituição e já passou por tratamento intensivo para restabelecer sua saúde.
Conforme avaliação da equipe veterinário do zoo da UCS, o gato-maracajá está com boa perspectiva de evolução e de reintegração à natureza, com projeção de soltura nas próximas semanas.
O animal, um macho, foi resgatado em uma propriedade rural de São Marcos extremamente desidratado, prostrado e com endo e ectoparasitas. Recebeu os primeiros cuidados em uma clínica veterinária no próprio município e foi encaminhado à UCS para tratamento.
Na Universidade, com as equipes do JAZO e do Instituto Hospitalar Veterinário – IHVET, e suas respectivas infraestruturas e equipamentos, passou por avaliações e exames de sangue, sorológicos e bioquímicos, negativando para FIV e Felv e com resultado positivo para giardia.
Os testes também forneceram indicativos de que não se alimentava há bastante tempo, conforme explicou o médico veterinário responsável técnico pelo Zoológico da UCS, Gabriel Guerreiro Fiamenghi.
O Zoo já abriga, desde 2013, um exemplar de Leopardus wiedii. Resgatado pela Polícia Rodoviária Federal, às margens de rodovia próxima à cidade de Nova Petrópolis, o animal apresentava risco de atropelamento. Ainda filhote, e tendo se habituado ao convívio com os humanos, não pôde retornar ao habitat natural e tornou-se morador da Instituição.

Conhaça mais sobre a espécie Gato-maracajá
A espécie é encontrada em quase todo o Brasil, sobretudo na Amazônia e na Mata Atlântica, entretanto, com pequena população. Na lista dos animais em extinção no Brasil, é colocada em risco a partir de caça e derrubada ou fragmentação de seu habitat natural – seu ambiente preferido são as matas densas. Na natureza, alimenta-se de ratos e aves de pequeno e médio porte, frutas e sementes.
