Dados do IBGE mostram avanço em três das quatro grandes categorias econômicas, mas retração frente a agosto de 2024
A produção industrial brasileira cresceu 0,8% em agosto de 2025 em relação a julho, na série com ajuste sazonal. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (3) pelo IBGE. Na comparação com agosto de 2024, no entanto, houve queda de 0,7%.
No acumulado do ano, a indústria registra alta de 0,9%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o setor soma crescimento de 1,6%.
Na passagem de julho para agosto, três das quatro grandes categorias econômicas e 16 dos 25 ramos industriais pesquisados registraram avanço.
As principais contribuições positivas vieram dos setores de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (13,4%), coque, derivados de petróleo e biocombustíveis (1,8%) e produtos alimentícios (1,3%). Os segmentos de impressão e reprodução de gravações (26,8%), veículos automotores (1,8%), produtos diversos (5,8%), outros equipamentos de transporte (4,4%) e bebidas (1,7%) também ajudaram no resultado.
Entre as nove atividades com retração, o destaque negativo foi produtos químicos (-1,6%), que interrompeu três meses seguidos de crescimento. Máquinas e equipamentos (-2,2%), produtos de madeira (-8,6%), calçados e artigos de couro (-3,6%) e indústrias extrativas (-0,3%) também recuaram.
Na comparação com julho, bens intermediários (1,0%), bens de consumo semi e não duráveis (0,9%) e bens de consumo duráveis (0,6%) registraram alta. Já bens de capital recuaram 1,4%, intensificando a queda de julho (-0,2%).
O índice de média móvel trimestral variou 0,3% no trimestre encerrado em agosto, após dois meses de queda. Bens intermediários (0,5%) e bens de consumo duráveis (0,4%) puxaram o crescimento, enquanto bens de capital (-0,3%) e bens de consumo semi e não duráveis (-0,1%) ficaram no negativo.
Na comparação com agosto de 2024, a indústria registrou retração de 0,7%, com resultados negativos em três das quatro grandes categorias econômicas, 15 dos 25 ramos pesquisados, 53 dos 80 grupos e 56,8% dos 789 produtos. O resultado foi influenciado também pelo menor número de dias úteis — 21 em agosto de 2025, contra 22 no mesmo mês do ano anterior.