Polícia Federal cumpriu mandado de busca na sede da entidade no Rio; investigação envolve compra de votos em Roraima
A sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro, foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira (29). Os agentes cumpriram um mandado de busca e apreensão contra o presidente da entidade, Samir Xaud, no âmbito da Operação Caixa Preta, que apura suspeitas de crimes eleitorais em Roraima.
Segundo a PF, a ofensiva incluiu dez mandados de busca e o bloqueio de R$ 10 milhões em contas dos investigados. O nome de Xaud aparece na investigação por ser suplente da deputada federal Helena Lima (MDB-RR), considerada o principal alvo da operação. Há suspeitas de compra de votos na campanha eleitoral.
A investigação começou em 2024, após a prisão do empresário Renildo Lima, marido da deputada, flagrado com R$ 500 mil, parte do valor escondido na cueca.
De acordo com fontes próximas ao presidente da CBF, os policiais ficaram cerca de 30 minutos na sede da entidade e não levaram documentos nem equipamentos.
Em nota oficial, a CBF confirmou a presença da PF entre 6h24 e 6h52 e afirmou que a operação não tem relação com a entidade nem com o futebol brasileiro. “O presidente Samir Xaud não é o centro das apurações e permanece tranquilo e à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos”, informou a confederação.