Veículo de luxo foi recolhido ao depósito do Detran em Garibaldi; ninguém comprovou ser dono do carro, e caso envolve registros policiais no RS e no RJ
A Polícia Civil de Carlos Barbosa apura a origem, a propriedade e a possível prática de golpes envolvendo uma limusine rosa que circulou recentemente pela Serra Gaúcha. O caso veio à tona após o registro de ocorrência feito pelo proprietário de uma empresa de guincho de Garibaldi, na terça-feira (23), e passou a envolver diferentes municípios do Rio Grande do Sul, além do Rio de Janeiro.
Segundo a polícia, o empresário Vanderlei Burtuli relatou que sua empresa foi contatada no dia 15 de dezembro para apresentar orçamentos de transporte de uma limusine Jaguar S-Type V6 SE, inicialmente de Gramado até Garibaldi e, posteriormente, da Serra Gaúcha até o Rio de Janeiro. No dia seguinte, a equipe do guincho buscou o veículo em Canela, na Região das Hortênsias, e o levou até o pátio da empresa, em Garibaldi. Após isso, não houve mais retorno por parte de quem teria solicitado o serviço.
Na sexta-feira (19), um homem procurou a empresa afirmando ser o proprietário da limusine. Ele acusou um funcionário do guincho de extorsão e alegou que pagamentos teriam sido feitos, o que, conforme Burtuli, não procede. A situação ganhou repercussão em redes sociais, com publicações que expuseram tanto a empresa quanto um de seus colaboradores.
Diante das acusações, um primeiro boletim de ocorrência foi registrado em Bento Gonçalves. Já na terça-feira (23), um segundo registro foi feito em Carlos Barbosa. No mesmo dia, a limusine foi recolhida e encaminhada ao depósito do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), em Garibaldi, onde permanece apreendida.
De acordo com a Polícia Civil, até o momento, nenhuma pessoa apresentou documentação que comprove a propriedade do veículo. A investigação também solicitou informações à 59ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro, onde um terceiro boletim de ocorrência relacionado ao caso foi registrado, indicando que o episódio pode ter ramificações fora do Estado.
Ainda conforme os investigadores, os supostos golpes estariam associados justamente à dificuldade de comprovação da propriedade da limusine e à ampla divulgação do veículo em redes sociais. Esse cenário teria aberto espaço para tentativas de extorsão, cobranças indevidas e exposição pública de terceiros.
A Polícia Civil segue apurando a origem do automóvel, a cadeia de posse e a eventual responsabilidade criminal dos envolvidos. O caso permanece em investigação.