O Guaíba que estava baixando nos últimos dias pode chegar novamente a marca de 5 metros
À medida que as chuvas persistem e os ventos fortes do sul se intensificam, algumas cidades gaúchas enfrentam uma iminente ameaça de inundações neste domingo (12). De acordo com dados da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre, o Guaíba está à beira de ultrapassar seu recorde anterior, de 5,35m. Se as condições climáticas continuarem se agravando, o lago, que vinha apresentando baixa significativa, pode voltar a atingir 5 metros em breve.
Em Canoas, o prefeito Jairo Jorge emitiu um novo pedido de evacuação imediata para os moradores de áreas afetadas pelas enchentes. Bairros como Rio Branco, Fátima, Mato Grande, Harmonia, Mathias Velho, São Luís e Niterói estão sob alerta, com a possibilidade de novas cheias. Mesmo aqueles que retornaram recentemente para suas casas estão sendo aconselhados a deixá-las novamente.
O governador Eduardo Leite emitiu um comunicado na tarde deste domingo (12), falando sobre o risco iminente de inundações nas regiões próximas aos rios Taquari, Caí e Sinos:
A situação não é menos preocupante em outras regiões. Em Lajeado, o Rio Taquari experimentou um rápido aumento de 50 centímetros em apenas uma hora, atingindo a marca de 23 metros e 40 centímetros neste domingo. Com a cota de segurança estabelecida em 29 metros, equipes de resgate dos Bombeiros estão alertando os residentes para evacuarem imediatamente. A medida é crucial para evitar um cenário semelhante à inundação de setembro de 2023.
O município de São Sebastião do Caí também enfrenta uma situação crítica, com o Rio Caí subindo 12 centímetros em uma hora, atingindo a marca de 14 metros e 37 centímetros. Com projeções indicando um possível aumento para 16 metros, as autoridades estão agindo rapidamente para retirar famílias de áreas de risco.
Na cidade de Pelotas, a situação é igualmente tensa, com autoridades solicitando a evacuação de 10 áreas consideradas de risco. O nível da Lagoa dos Patos está apresentando dificuldades para medição devido ao transbordamento no Laranjal, aumentando ainda mais a preocupação com a segurança das comunidades locais.
