Vítima também tinha boca amordaçada e sinais de agressão
Uma mulher foi encontrada morta e seminua em uma lixeira na zona Norte de Porto Alegre. Ela ainda não havia sido identificada até o momento desta publicação. O caso ocorreu na noite dessa segunda-feira (8).
Equipes do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) localizaram o corpo enquanto faziam serviços de coleta domiciliar na rua Edu Chaves, na esquina com a rua 18 de Novembro, entre os bairros São João e Navegantes, por volta das 21h45min. O cadáver estava envolto por uma coberta, dentro de um carrinho de lixo seco, chegando a ser recolhido no veículo compactador. Foi revelado após o despejo do entulho, junto aos resíduos, na parte traseira do caminhão.
“Os trabalhadores ficaram bastante assustados. Infelizmente, por vezes nossas equipes enfrentam situações assim durante o turno de serviço. Não é uma profissão fácil”, avaliou o diretor de limpeza e coleta do DMLU, Alexandre Friedrich, também conhecido como ‘Rei da Rua’.
A vítima estava com mãos e pés amarrados. Tinha ainda um saco plástico preto na cabeça e boca amordaçada com camiseta. Um de seus olhos estava roxo, entre outros sinais que indicavam que ela pode ter sofrido agressões.
Ela é de cor branca. Tem cabelo escuro e cacheado. Suas unhas estavam puídas. Vestia calça jeans, mas estava sem roupa da cintura para cima. Aparenta ter mais de 35 anos.
A ocorrência foi atendida por equipes do 11º Batalhão de Polícia Militar (BPM), volante da Polícia Civil e Instituto-Geral de Perícias (IGP). Não foi possível determinar a causa da morte no local, mas não é descartado que a vítima tenha sofrido espancamento ou golpe de objeto contundente.
De acordo com o delegado e diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Mario Souza, o crime é tratado preliminarmente como assassinato comum, mas a especializada não desconsidera hipótese de feminicídio. São analisadas imagens de câmeras na região, com expectativa de identificar os envolvidos.
“Essa morte pode ter acontecido no contexto das facções. Por outro lado, também não surpreenderia se fosse aberto inquérito de feminicídio. Há elementos, como o fato de a vítima ter sido deixada em um lixo, que indicam essa possibilidade. Enfatizo que todos os esforços do nosso departamento estão voltados para solucionar o caso”, afirmou o delegado Mario Souza.
A investigação está sob a responsabilidade da 2ª Delegacia de Homicídios. Porém, se for constatado que houve feminicídio, será enviada à 2ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam). Ninguém havia sido preso até o momento desta publicação.
Fonte: Marcel Horowitz / Correio do Povo