O paranaense Wagner da Silva Vargas, de 29 anos, teria sido morto em ataque com drone; família aguarda confirmação oficial
O brasileiro Wagner da Silva Vargas, de 29 anos, está desaparecido desde o dia 15 de junho, enquanto atuava como voluntário nas Forças Armadas da Ucrânia. Embora não haja confirmação oficial de sua morte, relatos de colegas que estavam com ele no front indicam que Wagner teria sido vítima de um ataque com drone explosivo.
Natural de Santo Antônio do Sudoeste (PR), Wagner passou parte da juventude na cidade paranaense de Ampére, onde vive sua mãe. Também morou em São Paulo antes de se mudar para o Rio Grande do Sul. Nos últimos anos, residia em Flores da Cunha, onde trabalhou na fábrica de sucos Britvic, localizada na Linha 80. Segundo uma ex-colega, ele teria deixado o emprego justamente para se alistar como voluntário na guerra.
Sem experiência militar anterior, Wagner embarcou rumo à Ucrânia no dia 3 de março deste ano, decidido a integrar a Legião Internacional de Defesa ucraniana na guerra contra as forças russas. O último contato com a família aconteceu no dia 11 de junho, apenas quatro dias antes de seu desaparecimento. No dia 23 de junho, um e-mail do consulado brasileiro em Kiev informou oficialmente que Wagner estava desaparecido desde o dia 15.
Desde então, a família conseguiu contato com colegas que combatiam ao lado dele, informando que Wagner teria sido morto em ação, embora o governo ucraniano ainda o considere oficialmente como desaparecido.
A família de Wagner aguarda agora a confirmação oficial da morte e a possível localização dos restos mortais. A burocracia para obter informações e iniciar qualquer processo de repatriação tem sido um obstáculo adicional. Segundo a legislação ucraniana, voluntários estrangeiros desaparecidos, capturados ou mortos em combate dão direito a um subsídio às famílias — mas a efetivação desse auxílio depende de documentação oficial e mediação diplomática.
A guerra na Ucrânia
A invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022 deu início a um conflito que já causou milhares de mortes e deslocamentos forçados. Em 2025, os combates seguem intensos, especialmente no leste do país. O uso de drones e armamentos de precisão aumentou a letalidade das ofensivas. Apesar de esforços diplomáticos e trocas de prisioneiros, uma resolução para o conflito ainda parece distante.