Suspeito de 66 anos planejava suicídio e foi capturado em pousada após abandonar mala com corpo na rodoviária
O homem suspeito de esquartejar uma mulher e deixar o corpo dentro de uma mala na rodoviária de Porto Alegre já havia sido condenado, em 2018, a 28 anos de prisão pelo assassinato da própria mãe, ocorrido em 2015 no bairro Mont’Serrat. Na ocasião, ele ocultou o cadáver concretando-o no apartamento onde viviam. Em 2024, progrediu ao regime semiaberto.
O novo crime foi descoberto nesta semana. O suspeito, de 66 anos, foi preso na noite de quinta-feira (4), em uma pousada no bairro São João, na zona Norte da Capital. A Polícia Civil divulgou a prisão na manhã desta sexta-feira.
Segundo o delegado Mario Souza, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o homem agiu de forma calculada. “Foi o crime mais difícil que já investiguei. O suspeito é inteligente. Ele se expôs de propósito ao ir na rodoviária e fez denúncias falsas, tudo para afrontar as autoridades”, afirmou.
Após sair da rodoviária, o investigado comprou bebidas alcoólicas em um comércio, momento em que retirou a máscara e teve o rosto registrado por uma câmera de monitoramento. A identidade foi confirmada por pessoas que o conheciam.
A vítima era gaúcha e tinha um relacionamento com o suspeito. De acordo com o delegado, a intenção dele após o crime era retirar dinheiro dela. “Ele utilizou o celular da vítima para falar com parentes, por isso não havia registro de desaparecimento”, explicou Souza. As investigações apontam ainda que o homem planejava fugir do país e, por fim, tirar a própria vida.