Empresa tranquilizou os clientes sobre possivel falta de energia na Serra Gaúcha
A Eletrobras CGT Eletrosul emitiu uma nota no início da madrugada desta sexta-feira (17), descartando qualquer possibilidade de prejuízo no fornecimento de energia elétrica em Caxias do Sul, caso um deslizamento de terra ocorra na torre de alta tensão atingida pela erosão causada elas chuvas dos últimos dias no estado.
A torre em questão fica localizada entre Lajeado Grande e Caxias do Sul e está ameaçada de queda. Além da energia elétrica, a torre da Eletrosul conduz cabos de dados o que poderia causar uma série de problemas relacionados a energia elétrica.
A nota da Eletrobras informa que não haverá interrupção de energia elétrica para nenhuma cidade ou região em caso da queda da torre em referência.
De acordo com a nota, a subestação de Lajeado Grande atende cargas da região de Vacaria e São Francisco de Paula, sendo que em caso de queda da torre, as cargas serão supridas por uma outra torre localizada em Forquilhinha, Lajeado Grande.
Ainda conforme a empresa, a subestação Caxias 5 atende cargas da região de Caxias do Sul, sendo suprida por outras duas linhas, provenientes de subestações localizadas em Caxias e em Farroupilha, logo as cargas desta subestação também não serão afetadas em caso de queda da torre.
Por outro lado, a nota que traz tranquilidade em relação ao fornecimento de energia elétrica, alerta para a existência de cabo de fibra óptica ancorado na torre.
“Informamos que a LT 230 kV Caxias 5 – Lajeado Grande possui cabo OPGW (cabo para-raios, fixado no topo da torre, contendo fibras ópticas em seu núcleo), sendo que desconhecemos sobre outros cabos ancorados em suas estruturas.
Quanto ao cabo de OPGW, informamos que o mesmo atende o sistema de telecomunicação da própria Empresa e as suas fibras são compartilhadas com os provedores Claro, Eletronet, RNP e Telebras. No caso do sistema de telecomunicação da Eletrobras CGT Eletrosul, não haverá consequências graves uma vez que o sistema opera em anel e em caso de rompimento das fibras, os serviços serão automaticamente comutados para o outro lado do anel.
Quanto aos provedores que utilizam as fibras, desconhecemos os serviços prestados, bem como as estratégias adotadas pelos mesmos para o seu atendimento. Assim, não podemos avaliar o impacto do rompimento do cabo para a sociedade, sendo necessário que a consulta seja realizada diretamente aos provedores citados”, diz o documento.
O alerta em relação a possibilidade de colapso da torre foi feito por técnicos do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), que analisam o terreno onde está localizada a adutora do Marrecas, que já foi duas vezes afetada por deslizamentos provocados pela chuva.