Estudo encomendado pelo CE analisou fatores que influenciam a falta de trabalhadores e o perfil profissional do município
O Comitê de Recursos Humanos do Centro Empresarial de Flores da Cunha promoveu, na manhã desta terça-feira (14), a apresentação dos resultados da pesquisa “Atratividade do Mercado de Trabalho em Flores da Cunha”, realizada pela Qualytool Consulting Group. O estudo teve como objetivo compreender os fatores que influenciam a escassez de mão de obra no município e mapear o perfil e o comportamento dos trabalhadores locais.
O levantamento ouviu 373 pessoas entre maio e junho deste ano, incluindo moradores que trabalham em Flores da Cunha e fora dela, profissionais de outras cidades que atuam no município e alunos do SENAI, que estão ingressando no mercado de trabalho.
Entre os principais resultados, o estudo apontou que 88,4% das pessoas que trabalham em Flores da Cunha também residem na cidade, enquanto 11,6% vêm de outros municípios — principalmente Caxias do Sul (6,3%). Por outro lado, 14,5% dos trabalhadores que moram em Flores da Cunha atuam fora, sendo novamente Caxias do Sul o principal destino, com 9% das vagas ocupadas.
A pesquisa identificou que o salário médio de quem trabalha em Flores da Cunha é de R$ 4.805, enquanto os que atuam fora recebem 13,4% a mais, com média de R$ 5.448. Ainda assim, a diferença salarial não é considerada expressiva. Os segmentos mais representativos entre os trabalhadores locais são serviços (35,1%), indústria metalúrgica (18,9%), indústria moveleira (16,8%) e comércio (15,1%).
Outro dado relevante mostra que 30% dos trabalhadores que vivem e atuam em Flores da Cunha moram em casas alugadas, o que aponta potencial para o setor imobiliário. Já entre os fatores que mais pesam na escolha de um emprego, os moradores que trabalham no município valorizam o plano de carreira e as oportunidades de aprendizado, enquanto quem atua fora dá maior importância ao salário e aos benefícios.
O levantamento também constatou que o nível de escolaridade influencia na retenção de profissionais: apenas 24,6% dos que trabalham em Flores da Cunha têm graduação ou pós-graduação concluídas, contra 32,2% entre os que exercem funções em outras cidades.
Segundo a pesquisa, o índice de atratividade da cidade (NPS) atingiu 54,7%, classificando Flores da Cunha em zona de qualidade, o que indica uma boa percepção entre os trabalhadores, mas também evidencia desafios para manter e atrair talentos.
O estudo destaca ainda as novas expectativas da geração Z, que busca propósito, flexibilidade e rápido crescimento profissional, exigindo das empresas e do poder público ações voltadas à qualificação e à retenção desses trabalhadores.
Como encaminhamento, o Centro Empresarial vai desenvolver um plano de ação estruturado em seis eixos:
1- Protagonismo Profissional, voltado ao desenvolvimento e reconhecimento de talentos;
2- Cidade que Conecta, com foco em promover o pertencimento e a qualidade de vida;
3- Academia Empresarial, para aprendizado contínuo e qualificação de líderes;
4- Geração de Futuro, dedicada ao engajamento da juventude local;
5- Empresas em Movimento, estimulando a corresponsabilidade na retenção de talentos; e
6 Inteligência de Mercado, para embasar decisões e aprimorar estratégias de desenvolvimento.
A íntegra da apresentação, com todos os dados do levantamento, pode ser conferida em: bit.ly/pesquisacemaodeobrafloresdacunha2025.