Verbas destinadas para uso em custeio durante as graves enchentes de 2024 no município deixaram de ser utilizadas porque não houve necessidade à época
Após negociação em Brasília, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Caxias do Sul recebeu a informação de que serão recuperados R$ 2 milhões não utilizados em custeio durante as graves enchentes de 2024 no município em razão de não ter havido necessidade à época. Os valores serão aplicados nos Recursos Humanos da Vigilância em Saúde. A SMS contou em Brasília com a intermediação do representante do escritório da Prefeitura, Mauro Pereira.
Para o secretário municipal da Saúde, Rafael Bueno, a notícia é de suma importância para otimizar os serviços.
“Foi uma articulação muito bem executada e quero parabenizar todos os envolvidos, porque serão recursos fundamentais para a Secretaria dar seguimento aos seus projetos”, ressaltou Bueno.

A diretora da Vigilância em Saúde, Magda Beatris Teles, explicou o porquê da não utilização da verba na época. Em 2024, durante a vigência de calamidade relacionada às enchentes, Caxias do Sul, bem como os demais municípios nessa situação, recebeu os valores do Ministério da Saúde vinculados para a utilização para casos de monitoramento de abrigos e na aquisição de serviços. Isso porque as cidades tinham em sua totalidade ou parcialmente os próprios serviços de vigilância atingidos pela questão de desmoronamento e de alagamentos.
“A nossa cidade teve um diferencial, visto que os serviços de saúde propriamente ditos não foram afetados e não houve a necessidade de contratação de serviços especializados para essa ação de monitoramento, de vigilância no momento da enchente e posterior a ela, seja em abrigos ou monitoramento a longo prazo de doenças vetoriais, de arboviroses, de doenças relacionadas à questão da leptospirose, enfim. Então, esse valor ficou guardado, sem poder se dar um destino diferente do que estava apontado nas notas técnicas ministeriais e engessado para o município, visto que não tínhamos tido colapso do nosso serviço de saúde.”
Magda ainda ressaltou a importante conquista junto ao Ministério da Saúde:
“Em contrapartida, a gente observou uma migração bem importante de pessoas das regiões afetadas para a nossa cidade, que acabou demandando horas extras e aumento de equipes. Principalmente na questão ambiental, o que acabou onerando o município. Depois de muita negociação e de fazer apontamentos ao Ministério para a utilização que melhor se encaixe para Caxias do Sul, foi pensado e encaminhado o melhor uso após a liberação desse fundo. Agora, esse valor será aplicado para as necessidades que a nossa cidade possa vir apresentar.”