A Pradense que motivou grupos de orações concedeu entrevista à Rádio Solaris 97.3 nesta terça-feira (13)
Uma história de superação, e que prova mais uma vez, a importância da consciência na doação de órgãos. Monique Susin Perosa, natural de Antônio Prado, vivenciou essa realidade e, graças a decisão de uma outra família, ganhou um novo coração.
Monique conta, em entrevista à Rádio Solaris, que aos 18 para 19 ano, foi morar em Caxias do Sul, onde estudou comércio exterior e já iniciou os trabalhos na área. Desde então, ela reside e tem suas atividades em Caxias, sempre retornando a terra natal para visitar seus pais e demais familiares que residem em Antônio Prado.
A história que culminou no transplante começou, de acordo com Monique, há cerca de sete anos, quando sua mãe comprou um aparelho de medir pressão, onde Monique constatou que tinha pressão alta. Dessa forma, ela procurou um cardiologista e, após os exames, foi constatado pressão alta e um leve aumento do coração, mas algo que não prejudicava as funções.
Assim, ela passou a tomar medicamentos e, com o passar dos anos, continuou o acompanhamento com exames. Porém, cada vez mais o coração de Monique aumentava e foi constatado insuficiência cardíaca, algo que costumeiramente atinge pessoas acima dos 60 anos, raro em jovens, como no caso de Monique.
Mesmo fazendo vários exames, a causa não era descoberta. Monique tinha cansaço, tosse seca, dificuldade para dormir, mas “levava uma vida normal”, disse ela.
Nos últimos dois anos, a partir de 2019, cada vez mais consciente da doença, Monique começou a ter edemas nos pés, abdômen, mudanças bruscas de peso, inchaço, por vezes tendo que ir ao hospital para fazer eliminação de líquidos, começou a não conseguir engolir normalmente os alimentos. “Tinha muita certeza que era algo da doença, pois eram episódios muito próximos”, comenta Monique.
Ao piorar a questão da insuficiência cardíaca, Monique procurou um especialista em Porto Alegre, no Hospital de Clínicas, onde foi orientada que precisaria tomar medicação a vida inteira e talvez precisasse de um transplante, evitando bebida alcóolica e sal. “Na hora foi um choque, transplantar um coração, mas já tinha isso em mente”, segundo Monique.
No final de 2020, Monique teve diagnóstico positivo para o coronavírus. “Passei a quarentena bem, mas quando acabou, não conseguia mais caminhar, comecei a ter muita falta de ar, não conseguia dormir, não conseguia engolir”, diz Monique.
Monique passou a pensar em ir para o hospital e somente sair quando estivesse bem, não importando o tempo que durasse, querendo fazer o transplante. Após internação em Caxias do Sul, ela foi transferida para Porto Alegre, no Hospital de Clínicas, com especialistas em insuficiência cardíaca.
“Em oito de janeiro, começou minha luta pela vida”, disse Monique, se referindo ao trabalho dos médicos na busca pela sua estabilização e o receio de uma parada cardíaca. Antes do transplante, Monique precisava fortalecer seu organismo e melhorar sua função cardíaca.
Seu novo coração chegou em sete de fevereiro. “Foi o dia mais feliz da minha vida”, afirma ela. Apesar de estar sempre submetida a tratamentos, Monique estava lúcida e pensava que precisava viver aquele momento da forma como ele acontecia. A fé e o pensamento positivo sempre permearam todo o processo vivido por ela.
No pós transplante, Monique diz que precisa fazer biópsias, procedimento invasivo, precisa tomar vários medicamentos, alguns pela vida inteira, lavar muito bem os alimentos, além de alguns efeitos colaterais por conta dos medicamentos.
“Eu sinto o coração novo batendo, é uma coisa mágica”, finaliza Monique.
Confira o vídeo
Fonte: Grupo Solaris – Repórter Luiz Augusto Filipini
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*SUGESTÃO DE PAUTA/DIVULGAÇÃO* – *12/05*
*Da doação de órgãos ao transplante*
Painel no dia 12 de maio discutirá sobre o processo e as principais dificuldades enfrentadas por equipes de saúde e os mais de 50 mil brasileiros que aguardam por um órgão para sobreviver
Apenas metade das famílias que poderia doar os órgãos para transplante autoriza o procedimento no Brasil. Por que o percentual de negativa é tão alto no país? Como é feita esta abordagem? Como se dá o processo da doação de órgãos ao transplante? Quais os principais problemas enfrentados pelas pessoas na lista de espera? O painel Da doação ao transplante, que será realizado no próximo dia 12 de maio, às 19h30, abordará esta realidade e esclarecerá sobre o tema. Ao final, o público poderá fazer perguntas.
O painel, que terá transmissão ao vivo pelas redes sociais da Fundação Ecarta e do Coletivo de Proteção à Infância Voz Materna, conta com a participação da médica Larissa Krasburg, que trabalha na emergência do Hospital Tacchini e na UPA de Bento Gonçalves, e depoimentos da Carolina Camilo, integrante de uma família doadora, do Diego Valente, transplantado de coração, e da Rochelle Benites, que aguarda em lista pelo transplante de pulmões.
“O ano de 2020 foi difícil para todos, mas foi ainda mais devastador para alguns grupos, como os transplantados e os pacientes em lista para transplante”, destacou o médico Valter Duro Garcia, integrante da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, ao apresentar o relatório do ano passado. “Esperamos que a vacinação possa mudar esse quadro, de um ano que não deve ser esquecido. Cuidem-se e vacinem-se”.
*Aumenta a lista, diminuem os doadores*
Em 2020, a lista de espera por órgãos chegou a 50 mil pessoas e houve queda na taxa nacional de doadores em 12,7% entre 2019 e 2020, impactado pela pandemia e organização do setor. É a primeira vez que a lista em espera alcança este número.
*PANDEMIA* – O ingresso de pacientes em lista no ano passado foi bem menor do que no ano anterior: 26.359 adultos e 1.220 pediátricos (até 18 anos) em 2020 e 39.469 adultos e 1.194 pediátricos em 2019. A chegada da covid-19 levou os pacientes a deixar de procurar atendimento em saúde temendo contrair o coronavírus, o que acabou reduzindo o número de ingressos em lista.
Morreram 2.709 adultos e 56 crianças em 2020 a espera de um órgão, enquanto no ano anterior foram 2.484 adultos e 77 crianças.
*RIO GRANDE DO SUL* – O estado gaúcho registrou em 2020 o ingresso de 1.311 adultos e 90 pediátricos na lista; e 107 adultos e seis crianças acabaram morrendo a espera por um órgão. Em 2019, ingressaram 2.330 adultos e 136 pediátricos e foram a óbito 112 adultos e 12 crianças.
O número de doadores efetivos em 2020 no RS foi de 182 para transplantes de rim, fígado, coração e pulmão. No ano anterior, 243 para transplantes dos mesmos órgãos. Uma queda de 76%
*SERVIÇO*
Painel Da doação de órgãos ao transplante
Data e horário: 12 de maio de 2021, às 19h30
Local: Transmissão ao vivo pelo Facebook da Fundação Ecarta (facebook.com/fundacao.ecarta), do Projeto Cultura Doadora (facebook.com/culturadoadora) e do Coletivo de Proteção à Infância Voz Materna (facebook.com/cpivozmaterna)
*Mais informações para a imprensa*
Jornalista Stela Pastore
51. 99913.2295
http://www.ecarta.org.br
http://www.culturadoadora.org.br
http://www.facebook.com/fundacao.ecarta
http://www.facebook.com/culturadoadora
Olá
Vi a entrevista da Monique Perosa e achei excelente o espaço dado para estimular a doação de orgãos. Se puderem divulgar a nota enviada, agradecemos. Temos muitas fontes qualificadas para falar do tema. Att , Stela Pastore – assessoria de imprensa do projeto Cultura Doadora, da Fundação Ecarta
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