Centenas de técnicos e auxiliares de Enfermagem protestam pelo piso salarial em frente ao Hospital Unimed nesta quarta-feira (21)
Nesta quarta-feira (21) centenas de profissionais da saúde protestam pelo piso salarial da Enfermagem em Caxias do Sul. A mobilização iniciou ainda por volta das 6h30min, em frente ao Hospital da Unimed, no bairro Marechal Floriano, em Caxias do Sul.
Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem pedem pelo pagamento do novo piso salarial aprovado pela Lei 14.434, estipulando o piso de R$ 4.750 para enfermeiros, R$ 3.325 para técnicos de enfermagem e R$ 2.375 para auxiliares de enfermagem e parteiras.
A presidente do Sindicato da Saúde (SindiSaúde), Bernadete Giacomini, explica que a paralisação foi convocada pelo Fórum Nacional da Enfermagem. “Estamos aqui para reivindicar que os empregadores paguem o nosso piso da Enfermagem, que foi aprovado e sancionado em 4 de agosto”, defende a líder do SindiSaúde, que representa 27 municípios da região da Serra.
Pacheco anuncia entrega de projetos para custeio do piso da enfermagem ao ministro da Economia
O presidente do senado, Rodrigo Pacheco, informou ter conversado na segunda-feira (19) com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre os projetos que podem de viabilizar o pagamento do piso salarial dos enfermeiros, suspenso por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O tema foi debatido durante reunião de líderes virtual nesta segunda-feira, antes do encontro entre Pacheco e Guedes.
— O ministro da Economia não emitiu juízo de valor algum em relação a esses projetos. Ele pediu pra recolher cada uma dessas ideias para levar para a equipe econômica fazer uma avaliação, mas não se comprometeu com nenhum deles. Eu considero muito importante, antes do momento da votação, é nós termos o entendimento com o Supremo Tribunal Federal do que se entende como suficiente para poder resolver o problema e implementar o piso nacional da enfermagem — disse Pacheco, que exerceu interinamente o cargo de presidente da República, devido à viagem do presidente Jair Bolsonaro à Inglaterra para acompanhar o funeral da rainha Elizabeth II.
Os quatro projetos levados ao ministro Paulo Guedes buscam resolver o impacto sobre estados e municípios, que precisam de recursos para custear o pagamento do piso, e também sobre as santas casas e hospitais filantrópicos sem fins lucrativos. Além deles, Pacheco afirmou que o Congresso pode contribuir por meio de emendas parlamentares, inclusive as emendas do relator-geral do Orçamento.
Pacheco informou que ainda não há data para a reunião com o ministro do STF, Luís Roberto Barroso, relator da ação que suspendeu o piso. Ele disse esperar que os projetos apresentados sejam suficientes para resolver a questão do custeio.
Para os hospitais privados, Pacheco defendeu a fixação do piso e um período de avaliação do impacto financeiro, para que então o Congresso possa aprovar iniciativas como a desoneração da folha de pagamento, mas apenas na proporção necessária para absorver esse impacto.
Fonte: Agência Senado