Os relógios e o estacionamento deixaram de operar temporariamente
As obras de restauro e requalificação do Campanário de Flores da Cunha foram iniciadas após a assinatura do contrato realizada no dia 20 de maio, com a presença da Secretária de Estado da Cultura, Beatriz Araujo. Atualmente, está sendo realizado o serviço de colocação dos andaimes ao redor de toda a obra.
No dia 21 de junho, a máquina do relógio foi desligada depois de mais de 70 anos em operação. A partir de agora, o equipamento passará por um processo de limpeza e manutenção para continuar na operação dos quatro mostradores externos do relógio. O sistema de som que era utilizado para os avisos também está temporariamente desativado.
O relógio deve permanecer fora de operação até meados de novembro deste ano, quando os trabalhos devem ser finalizados e a restauração de todo o prédio será oficialmente entregue à comunidade. Por questões de segurança, o estacionamento do local permanecerá fechado até o final das obras de restauro e requalificação do Campanário e do entorno.
As obras são promovidas pela Associação de Amigos do Museu Pedro Rossi e contam com apoio da Prefeitura Municipal de Flores da Cunha e da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes. O projeto de Restauro e Revitalização do Campanário de Flores da Cunha foi aprovado em 2021, sendo financiado pelo Pró-Cultura RS, da Secretaria da Cultura e Governo do Estado do Rio Grande do Sul, através da Lei de Incentivo à Cultura, com patrocínio das empresas Móveis Florense, Hidrover e Mineração Florense.
SAIBA O QUE DEVE SER FEITO NAS OBRAS DO CAMPANÁRIO
O processo de restauro conta com correção das lesões do sistema construtivo em pedra, instalação de equipamentos contemporâneos para os sistemas elétricos e de iluminação, automação do relógio e do toque dos sinos, criação do sistema de proteção de descargas atmosféricas, nova cruz no topo e acessibilidade ao pavimento térreo, além de cobertura e tratamento do entorno imediato.
De acordo com Cristina Schneider, uma das responsáveis pelo projeto, as obras devem durar pelo menos até novembro. Porém – explica ela – fatores externos como o clima, por exemplo, podem atrasar o andamento das obras. Se o cronograma for concluído dentro do prazo previsto, a reinauguração do campanário pode acontecer ainda em novembro.
Outra modificação que vai acontecer, explica Cristina, é no uso do estacionamento da igreja, primeiramente porque as obras preveem a instalação de andaimes no entorno de todo o prédio e porque o espaço também deve ser revitalizado. Schneider afirma também que dentro de 45 a 60 dias após o início das obras, o relógio e o toque dos sinos serão desativados para as mudanças elétricas e de sistema.
O projeto também prevê uma exposição no térreo, duas oficinas de fotografia e a publicação do livro “A História de um Gigante”, com o objetivo de valorizar e fomentar ações de salvaguarda deste material que preserva a forte religiosidade da cultura da imigração italiana no sul do Brasil e patrimônio cultural de Flores da Cunha.