O Ipeense, Vilmar Menegat, possui cerca de 70 sementes crioulas catalogadas e participa ativamente de ações em prol do meio ambiente
A Rádio Solaris promove durante junho o mês do Meio Ambiente Dia do Meio Ambiente com o apoio de Sicoob Credicaru , Reciclagem Serrana, CIC Antônio Prado, Elliotis do Brasil, Ciconetto Elétrica e Sicredi e entrevistou o produtor ecológico, Vilmar Menegat conhecido como Guardião de Sementes. Menegat mora na capela Santo Antônio, na Vila Segredo, em Ipê, cidade conhecida como a Capital Nacional da Agroecologia. Atua na plantação e mantém a tradição das sementes crioulas há mais de 30 anos em sua propriedade.
O produtor salienta que essa catalogação ocorre desde os tempos de seu avô e seus pais que sempre tinham as sementes como prioridade para manter a alimentação familiar. “A semente é um marco fundamental por resgatar um pouco da história e a cultura de um povo e hoje eu a tenho como um princípio em que para fazer a Agricultura Ecológica é preciso se ter a semente orgânica,” comenta.
O produtor atualmente possui cerca de 70 variedades de sementes e grãos de milho, feijão pipoca, lentilha, linhaça, trigo, fava, trigo sarraceno, entre outras.
O agricultor cita que já recebeu mais de seis mil visitantes de outros municípios, estados e até mesmo de outros países entre o ano de 1995 até hoje.
FEIRA ECOLÓGICA
Os frutos provenientes das sementes crioulas podem ser encontrados também na feira ecológica de Porto Alegre, que ocorre todos os sábados, no Parque da Redenção em que segundo ele não se vende apenas o seu produto, mas se adquire muito conhecimento entre os expositores e os consumidores que por ali passam.
Ele também comenta sobre uma grande conquista em toda a história da feira em que sempre houve o uso de sacolas plásticas e há um ano iniciou-se uma campanha para diminuição de seu uso o que alguns gostaram, outros nem tanto, mas a iniciativa pegou e hoje a feira está 100% sem o uso de plástico para embalar as mercadorias que agora são colocadas em sacolas de pano, caixas, entre outros materiais. Segundo Vilmar são 30 mil sacolas a menos na natureza.
E ainda cita que futuramente pretende implementar a ideia em Ipê. “Estou ciente que é um processo demorado, mas é possível e acho que o exemplo que temos da feira é válido. No início não foi fácil, mas hoje é uma realidade,” finaliza.