Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia, o dispositivo traz riscos maiores à saúde que o cigarro tradicional
Uma pesquisa revelou que 20% dos jovens estão usando cigarros eletrônicos, mesmo sendo proibidos no Brasil. Na população em geral, esse índice é bem menor, 7%. Existem vários formatos e tamanhos de cigarro eletrônico, que funciona como um dispositivo que costuma ser acionado por bateria para esquentar um líquido, geralmente com nicotina, que vicia, aromatizantes e outros produtos químicos. Essas substâncias formam um aerossol.
“Não é só vapor de água, já foram detectadas mais de 80 substâncias químicas nesse ‘vapor’ que o cigarro eletrônico libera, alerta Paulo César Corrêa, coordenador da Comissão de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.
De acordo com os especialistas, para aquecer o filamento, onde fica embebido o líquido, no filamento existem metais como níquel, cromo, latão e outros. Então, se sabe que, quando o fumante de cigarro eletrônico usa esses produtos, ele está inalando níquel, por exemplo”, enfatiza Corrêa.
Uma combinação que, segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia, traz riscos maiores à saúde que o cigarro tradicional, podendo levar a complicações cardiovasculares e pulmonares.
A Anvisa afirmou que é responsável por fiscalizar as vendas on-line dos cigarros, em conjunto com as vigilâncias sanitárias, e que a venda em lojas físicas pode ser denunciada para a Vigilância Sanitária do município.