O réu Flávio Sidinei Bett é suspeito de matar Maria José Wolff em julho de 2020
Iniciou há poucos instantes, por volta das 9h da manhã desta terça-feira (11), no Fórum de Flores da Cunha, o julgamento de Flávio Sidinei Bett, acusado de matar Maria José Wolff em 17 de julho de 2020. O companheiro da vítima foi apontado como o autor do feminicídio, é réu e estava detido em regime fechado no Presídio do Apanhador desde a época do crime.
O julgamento iniciou com o sorteio do júri popular, que foi composto por cinco homens e duas mulheres. A sessão do júri terá a participação de duas testemunhas: a então delegada de Polícia Civil de Flores da Cunha na época do crime, Aline Martinelli e um policial que atendeu a ocorrência. O trabalho está sendo conduzido pelo juiz Daniel da Silva Luz, que assumiu a comarca do município no começo deste ano.
Na sequência, deve ocorrer o interrogatório do acusado e após o promotor de Flores da Cunha, Dr. Stéfano Lobato Kaltbach, responsável pela acusação, terá cerca de duas horas para mostrar evidências sobre o crime. O julgamento ainda contará com a fala do advogado de defesa de Flávio Bett, Dr. Airton Barbosa de Almeida.
Ao final, após todos os trâmites legais do julgamento, os jurados se reúnem para decidir a condenação ou absolvição de Flávio Sidinei Bett. A previsão para o veredicto final é até o começo da noite.
RELEMBRE O CASO
Maria José Wolff, que tinha 39 anos de idade, morreu carbonizada na madrugada do dia 17 de julho de 2020, em sua residência, localizada na rua Dom Finotti, no bairro São José, em Flores da Cunha. A vítima tinha três filhos.
Na noite anterior ao crime, a Brigada Militar (BM), se deslocou até a mesma moradia porque a mulher disse que seu companheiro chegou em casa embriagado e que tentou sufocá-la apertando seu pescoço. Quando a polícia chegou, Flávio estava do lado de fora da casa e confirmou que houve uma briga entre eles.
Após a discussão, o homem foi embora para casa de uma tia, localizada no interior do município. No entanto, horas depois ele retornou para a residência do casal, agrediu a mulher e colocou fogo na moradia. A perícia apontou que Maria Wolff tinha sinais de traumatismo craniano.
Foto: Divulgação/ Redes Sociais
Fotos: Arquivo/ Grupo Solaris