Inaugurado em 1949, o senhor de pedras de basalto de 72 anos encanta todos, até mesmo aqueles que moram na cidade
Quem passa por Flores da Cunha se encanta com a beleza do Campanário da Igreja Matriz Nossa Senhora de Lourdes. Inaugurado em 1949, o senhor de pedras de basalto de 72 anos encanta todos, até mesmo aqueles que nasceram e moram na cidade.
Nessa semana, o Conselho Estadual de Cultura aprovou o projeto de Restauro e Requalificação do Campanário. Em razão disso, na tarde desta segunda-feira (20), reuniram-se no gabinete do prefeito César Ulian representantes da Associação dos Amigos do Museu e Arquivo Histórico Pedro Rossi, da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, do executivo municipal e a gestora cultural responsável pelo projeto, Cristina Seibert Schneider.
O encontro foi realizado para alinhar as próximas etapas relacionadas à execução. A partir da publicação no Diário Oficial do Estado, terá início o processo de atualização de documentos e, posteriormente, a captação de recursos de ICMS junto às empresas do município.
De acordo com a Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, em breve a comunidade poderá ter acesso ao projeto na Igreja Matriz. Além disso, está previsto um estudo para requalificação de todo o entorno da Igreja e do Campanário.
O Campanário foi construído ao lado direito da igreja, entre os anos de 1946 e 1949, com a base de 9×9 metros e 55 metros de altura. As 11.122 pedras de basalto que compõem da obra, foram retiradas de uma pedreira localizada na capela Monte Bérico, no interior do município e, posteriormente tralhadas em pequenos pedaços.
O idealizador da construção, foi frei Eugênio Brugalli – o mesmo que dá nome a rua que fica atrás da igreja –, que sonhou em reunir as forças da comunidade para construir um novo prédio para colocar os cinco sinos da paróquia, que estavam há mais de quatro décadas instalados em um campanário de madeira improvisado.
Os sinos que hoje ficam no campanário, chegaram na então vila de Nova Trento, que pertencia a Caxias do Sul, em 1901, portanto há 120 anos. Foram trazidos da fundição Pacard de Savoia, na França, de navio. São cinco peças: Pierina de 1,2 mil kg (em homenagem a São Pedro); Claudia de 600 kg (em homenagem ao bispo da época, Dom Cláudio Ponce de Leão); Dom Finotti de 350 kg (homenageando o padre que encomendou os sinos); Antonieta de 150 kg (homenagem a Santo Antônio); e Imaculada de 80 kg, (sobre a Imaculada Conceição).