O homem de 43 anos morreu após acionar a válvula e o barril estourar
O proprietário da empresa que comercializou o barril de chope que explodiu e matou o empresário Gilson do Nascimento, no dia 17 de setembro de 2021, em Campo Bom (RS), foi indiciado por homicídio culposo em inquérito remetido à Justiça no dia 25 desse mês. A conclusão do inquérito policial foi divulgada na tarde desta segunda-feira (30).
No data do fato, a vítima comemorava o aniversário de 43 anos ao lado da família e amigos. Ao tentar acionar a válvula do barril de inox ele foi atingido por uma explosão quando o recipiente não resistiu à pressão, injetada pelo cilindro de CO 2, rompendo-se ao fundo e sendo projetado para cima, aferiu o laudo pericial. Com múltiplos traumatismos causados pela explosão, Gilson veio a falecer de hemorragia interna causada pelo impacto nos órgãos do tronco e da caixa craniana.
Diante desse contexto e com base nos laudos apresentados pelo IGP, o Delegado Clóvis Nei da Silva, titular da Delegacia de Polícia de Campo Bom e responsável pela investigação do caso, entendeu haver negligência na manutenção da válvula reguladora de pressão.
Conforme laudo do IGP, a válvula reguladora de pressão existente no sistema tem a função de reduzir a pressão que sai do cilindro para 2kgf/cm2 (quilograma-força por centímetro quadrado) antes de entrar no barril, sendo essa a pressão necessária para que o recipiente cumprisse sua função. Contudo, a válvula não estava funcionando de forma adequada.