Em nota divulgada nas redes sociais, entidade afirma que até que 70% do valor não seja quitado, outros animais não poderão receber atendimento
A União Pela Vida Animal (Upeva) de Flores da Cunha, precisou suspender temporariamente o atendimento aos animais ao atingir mais de R$ 41 mil em dívidas. A direção da ONG divulgou nota nas redes sociais na terça-feira (18) lamentando a paralização das atividades. De acordo com os voluntários, até que 70% do valor não seja quitado, não será possível ajudar mais nenhum animal. A publicação afirmou também: “chegamos no nosso ápice”.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 30 milhões de animais vivem em situação de rua no Brasil, sendo 20 milhões de cães e 10 milhões de gatos. Em Flores da Cunha encontrar animais abandonados ou sobre maus tratos não é raro. A Upeva, é uma das responsáveis no município pelos cuidados e resgates de animais nessas situações. Criada em 2008 a entidade sobrevive de doações e de ações realizadas pelos voluntários.
Porém, em decorrência da falta de responsabilidades de algumas pessoas, desde dezembro do ano passado os casos de resgates vêm aumentando gradativamente. Consequentemente, os custos com medicamentos, alimentação e castração também subiu. Atualmente a dívida da entidade está em R$ 41 mil.
Na nota, a entidade também destacou que a dívida não é ainda maior porque os voluntários acabam custeando alguns custos por conta própria. “Essa dívida só não é maior porque as mesmas pessoas que correm 7 dias por semana para resolver estes problemas também assumem grande parte dos gastos. E aí tudo fica muito injusto. Não temos mais capacidade emocional e nem financeira”, completa a ONG.
A Upeva pede para que a comunidade ajude a quitar essa dívida e que os animais possam voltar a ter o aporte dos voluntários. As formas de doação são por meio da chave Pix 10.515.638/0001-19 ou diretamente na Agro Bichos ou na Veterinária Cavagnoli.
Os voluntários também destacaram que os próximos casos que surgirem até a arrecadação do dinheiro, eles estarão repassando orientações sobre clínicas e auxílios veterinários, mas sem utilizar o nome da ONG. Porém, destacam que mesmo sem receber novos casos, os antigos ainda demandam custos e necessitam da ajuda da comunidade.