Evento foi realizado na tarde desta sexta-feira (20), no largo da Igreja Matriz
Em uma cerimônia pública realizada no começo da tarde desta sexta-feira (20), no largo da Igreja Matriz Nossa Senhora de Lourdes, foi dado o pontapé inicial das obras de restauro e requalificação do campanário de Flores da Cunha. Inaugurado em outubro de 1949, o prédio de mais de sete décadas é considerado um dos principais símbolos da cultura e da religiosidade do povo florense. Em 2019, foi tombado pelo patrimônio público municipal.
O evento de lançamento contou com a presença da Secretária Estadual de Cultura, Beatriz Araújo, representantes da Móveis Florense, Hidrover e Mineração Florense, que são patrocinadoras da obra, além de autoridades políticas e religiosas. Também prestigiaram a cerimônia familiares dos construtores e representantes da Associação dos Amigos do Museu e Arquivo Histórico Pedro Rossi.
O projeto de restauro tem como proponente a Associação dos Amigos do Museu e é financiado pelo programa Pró-Cultura RS, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, com apoio da prefeitura de Flores da Cunha e da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes. Ao todo, as obras devem custar R$ 1,8 milhão, sendo que cerca de R$ 1,6 milhão de recursos de ICMS das empresas patrocinadores e outros R$ 199 mil do Executivo municipal.
SAIBA O QUE VAI SER FEITO
O processo de restauro conta com correção das lesões do sistema construtivo em pedra, instalação de equipamentos contemporâneos para os sistemas elétricos e de iluminação, automação do relógio e do toque dos sinos, criação do sistema de proteção de descargas atmosféricas, nova cruz no topo e acessibilidade ao pavimento térreo, além de cobertura e tratamento do entorno imediato.
De acordo com Cristina Schneider, uma das responsáveis pelo projeto, as obras devem durar pelo menos até novembro. Porém – explica ela – fatores externos como o clima, por exemplo, podem atrasar o andamento das obras. Se o cronograma for concluído dentro do prazo previsto, a reinauguração do campanário pode acontecer ainda em novembro.
Outra modificação que vai acontecer, explica Cristina, é no uso do estacionamento da igreja, primeiramente porque as obras preveem a instalação de andaimes no entorno de todo o prédio e porque o espaço também deve ser revitalizado. Schneider afirma também que dentro de 45 a 60 dias após o início das obras, o relógio e o toque dos sinos serão desativados para as mudanças elétricas e de sistema.
O projeto também prevê uma exposição no térreo, duas oficinas de fotografia e a publicação do livro “A História de um Gigante”, com o objetivo de valorizar e fomentar ações de salvaguarda deste material que preserva a forte religiosidade da cultura da imigração italiana no sul do Brasil e patrimônio cultural de Flores da Cunha.