A ampliação foi necessária para garantir o atendimento adequado diante do aumento da demanda de aplicação de medida protetiva de acolhimento
A Prefeitura de Caxias do Sul entregou de forma simbólica, por meio da Fundação de Assistência Social (FAS), 26 vagas de acolhimento para crianças e adolescentes na modalidade casa-lar. A entrega foi realizada na quarta-feira (31), para as organizações da sociedade civil Casa Anjos Voluntários, Associação Mão Amiga e Associação Jesus Senhor. Das vagas, 14 estão à disposição desde janeiro de 2021.
O valor investido nas novas vagas é superior a R$ 1,3 milhão. A ampliação foi necessária para a FAS garantir o atendimento adequado diante do aumento da demanda de aplicação de medida protetiva de acolhimento de crianças e adolescentes.
Atualmente, em Caxias do Sul, 146 crianças e adolescentes de zero a 17 anos estão acolhidos em 15 casas-lares. Somadas àquelas atendidas em três abrigos institucionais, o número sobe para 222. O Município também tem investido de maneira consistente no acolhimento familiar por meio do Serviço Família Acolhedora. Em 2021, o investimento superou valor de R$ 16,8 milhões no acolhimento de crianças e adolescentes.
O acolhimento institucional é entendido como a última medida protetiva a ser efetivada, quando todas as tentativas de fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários, por meio da rede socioassistencial, são esgotadas. Ele tem o propósito de abrigar crianças e adolescentes que tenham sido vítimas de maus-tratos, abuso sexual e negligência, entre outros. É uma medida prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente.
A solenidade foi aberta com apresentação musical das crianças e adolescentes do serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da Associação Crianças e Adolescentes no Esporte, do bairro Beltrão de Queiroz. O Município foi representado pelo prefeito Adiló Didomenico, pela vice-prefeita Paula Ioris e presidente da FAS, Katiane Boschetti da Silveira. Pelas entidades participaram as presidentes Isamar Sartori, da Casa Anjos Voluntários, e Ângela Paes, da Associação Jesus Senhor; e o presidente da Associação Mão Amiga, Frei Jaime Bettega.
O prefeito Adiló Didomenico demonstrou tristeza em referir-se às causas que levam as crianças e os adolescentes ao acolhimento institucional. “Celebramos com esses parceiros, diretores das casas, abnegados, que fazem um trabalho além da obrigação. Um trabalho humano de coração e amor, substituindo muitas vezes o papel daqueles que não souberam ou não foram preparados para cumprir o seu papel. Que bom que vocês estão semeando isso na nossa sociedade”, agradeceu.
A presidente da FAS, Katiane Boschetti da Silveira, lembrou que a política de assistência social lida com as mais profundas vulnerabilidades de vidas, ainda mais fragilizadas com a pandemia. “Este momento é um ato de proteção à vida”, reforçou, ao destacar que, em cinco meses, 85 crianças tiveram de ser retiradas de suas famílias. Só em agosto foram 13 acolhimentos.