Durante reunião nesta quinta-feira (5), o Papa recebeu um presente dos bispos gaúchos e recordou sua visita à Serra gaúcha quando ainda era bispo em Buenos Aires
O bispo diocesano de Caxias do Sul, dom José Gislon, teve um encontro com o Papa Francisco na manhã desta quinta-feira (5). Dom José, que é o presidente do Regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), integra um grupo de 22 bispos e um padre do Rio Grande do Sul, que está na Itália desde o final de semana para cumprir a agenda prevista na visita ad Limina Apostolorum.
O encontro dos bispos gaúchos com o papa no Vaticano iniciou às 9h (horário local) e durou cerca de duas horas. O bispo de Caxias foi o primeiro a fazer uso da palavra e contou ao papa detalhes sobre a realidade da Igreja no Estado, das dioceses, do clero, da vida religiosa e também dos leigos e leigas. “Pedi ao Papa que desse uma bênção a todo nosso povo gaúcho”, conta dom José.
O bispo afirmou ainda que a reunião com o Pontífice não sairá da memória dos presentes no encontro. “Mesmo com a dificuldade de se locomover, sua alegria, seu sorriso, seu jeito muito fraterno de acolher e falar com espontaneidade e muita proximidade de pastor e de homem que conhece a realidade latino-americana e também do nosso Regional Sul 3”, salienta o religioso.
Em nome de todos os bispos do Estado, dom José fez a entrega de um presente ao Papa Francisco. Trata-se de uma bandeja fabricada na Serra gaúcha. Nela está a gravação do mapa do Rio Grande do Sul. O objeto, recorda o bispo, representa a união e a fidelidade do clero e de todos os fiéis gaúchos ao Santo Padre.
Ao ser presenteado por dom Gislon, o Papa recordou uma vista que fez a algumas cidades gaúchas na época em que fora arcebispo de Buenos Aires, a capital Argentina (1992-2013). O então bispo Jorge Mario Bergoglio visitou um tio que residia em Pelotas, passou por São Leopoldo onde encontrou os colegas da Congregação dos Jesuítas e também esteve em Caxias do Sul, cidade lembrada por Francisco como ‘Terra do Vinho’ e local onde as pessoas falavam o ‘dialeto Vêneto’.