O Vitiligo não é contagioso e não traz prejuízos à saúde física, no entanto, as lesões provocadas impactam significativamente na qualidade de vida e na autoestima do paciente
Hoje (1º) é o Dia Nacional dos Portadores de Vitiligo uma condição genética crônica e de origem autoimune caracterizada pela perda da coloração da pele em certas áreas do corpo.
Por ser uma doença genética, somente pessoas com predisposição é que podem desenvolvê-la. No caso do vitiligo, as células do sistema imune atacam os melanócitos – células responsáveis por produzir a melanina – pigmento que dá cor à pele.
Classicamente, a doença tende a manifestar-se após alguma espécie de “agressão” local, responsável por desencadear essa resposta imune. A descoloração da pele ocorre, principalmente, em áreas do corpo mais expostas a traumas, como joelhos, cotovelos, mãos, face.
Na maioria dos casos, não há qualquer sintoma relacionado ao surgimento ou progressão das manchas na pele. Contudo, alguns poucos casos tendem a ser acompanhados de coceira ou outros sintomas dermatológicos locais, mas estes tendem a se relacionar muito mais ao fator desencadeante do que ao vitiligo propriamente dito.
Além dos traumas mecânicos nos locais citados, existem outros fatores que podem estar relacionados ao desencadeamento do vitiligo, sendo eles:
– traumas psicológicos;
– uso de produtos dermatológicos para clareamento da pele, contendo a substância hidroquinona em sua composição;
– exposição solar;
– queimaduras.
Presente em cerca de 1 a 2% da população mundial e 0,5% dos brasileiros (dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia – SBD), o vitiligo não é contagioso e não traz prejuízos à saúde física, no entanto, as lesões provocadas impactam significativamente na qualidade de vida e na autoestima do paciente, sendo recomendado, em alguns casos, o acompanhamento psicológico, que pode ter efeitos bastante positivos nos resultados do tratamento.
Não existem formas de prevenção do vitiligo. Como em cerca de 30% dos casos há um histórico familiar da doença, os parentes de indivíduos afetados devem realizar vigilância periódica da pele e recorrer ao dermatologista caso surjam lesões de hipopigmentação, a fim de detectar a doença precocemente e iniciar cedo o tratamento.
Em pacientes já diagnosticados com vitiligo, deve-se evitar os fatores que possam precipitar o aparecimento de novas lesões ou acentuar as já existentes. Evitar o uso de roupas apertadas, ou que provoquem atrito ou pressão sobre a pele, e diminuir a exposição ao sol. Controlar o estresse é outra medida bem-vinda.
Visando aumentar a conscientização, apoiar, educar e combater o preconceito e a desinformação a respeito do vitiligo, a Lei nº 12.627/2012, instituiu no Brasil essa data comemorativa.
Fonte: Ministério da Saúde