Instituições ampliam ações para combater microrganismos nos ambientes hospitalares
A prevenção da contaminação por vírus, bactérias e fungos é uma preocupação permanente dos hospitais, que contam com setores dedicados a esse tema, os serviços de controle de infecção. Porém, desde o início da pandemia da Covid-19, o trabalho desses profissionais tem sido ainda mais exigido diante do surgimento de novos microrganismos — e a ameaça de antigos inimigos invisíveis.
Responsáveis por identificar e evitar infecções hospitalares (as chamadas Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde, IRAS), esses serviços instituíram medidas adicionais que se tornaram permanentes nas instituições, como explica a enfermeira Camila Piuco Preve, do Serviço de Controle de Infecção do Hospital Humaniza, de Porto Alegre.
“A triagem de pacientes e profissionais com sintomas gripais se tornou ainda mais rigorosa, além do uso de máscaras no ambiente hospitalar, o reforço sobre a importância da vacinação completa e a educação contínua de colaboradores, usuários dos serviços e familiares”, destaca Camila. Ela enfatiza ainda a adoção da “precaução padrão”, como uso correto de equipamentos de proteção individual e higiene das mãos, que ganharam ainda mais relevância.
Além da Covid-19, outras ameaças têm sido motivo de alerta nas instituições, como a varíola dos macacos, que há poucos dias foi elevada ao status de Emergência Global de Saúde pela OMS (Organização Mundial da Saúde). “Ao mesmo tempo, temos o agravamento dos microrganismos multirresistentes em função da pandemia e do uso indiscriminado de antimicrobianos”, ressalta Camila.